Este artigo tem como eixo central o estudo das relações exteriores do Império Brasileiro durante o período de 1870-1889. A proposta é contribuir com as pesquisas históricas das relações internacionais do Brasil, fundamentando-se no objetivo de entender as linhas gerais da política externa em meio ao processo de declínio do regime monárquico.
Este artigo busca compreender o debate teórico que envolve o populismocomo conceito histórico-político, bem de sua manifestação na América Latina,tendo como hipótese que o populismo passou a ser encarado comoum fenômeno de viés negativo. Atualmente, o ressurgimento de práticaspopulistas tem aquecido o debate acadêmico que permeia o assunto, oque suscita a importância de se revisitar os conceitos e dilemas existentes.Por isso, objetivou-se analisar as definições de populismo e as diferentescorrentes intelectuais que o sondam, e compreender a contribuição dopensamento latino-americano para o tema. Utilizou-se da pesquisa bibliográficaqualitativa para abordar o assunto e concluiu-se que a hipótesenão pode ser corroborada, vez que a literatura não entende o populismocomo fenômeno de caráter essencialmente negativo. Assim, o populismo– longe de gerar consensos – corresponderia a uma forma política maleável,cujas nuances se fortaleceriam a depender do local e tempo estudado.
RESUMOO artigo tem como eixo central o estudo das relações exteriores do Império do Brasil para com a República Oriental do Uruguai durante o período de 1851-1858, portanto, entre o fim da Guerra contra Rosas até a última intervenção brasileira antes da crise que precipitou a eclosão da Guerra do Paraguai. A intenção será analisar como as narrativas diplomáticas do período proposto, mais especificamente nos Relatórios da Repartição dos Negócios Estrangeiros (RRNE), procuraram justificar e legitimar a ação imperial na região em meio à tentativa de garantir os interesses brasileiros no vizinho meridional.
O campo da Histórica da Política Externa Brasileira se confunde com a trajetória de Clodoaldo Bueno. Não é exagero afirmar a impossibilidade de se estudar a história das relações internacionais do Brasil sem, em algum momento, dialogar com a sua produção bibliográfica e intelectual. Graduado em História pela Universidade do Estado de São Paulo - UNESP/Marília (1966), mestre (1974) e doutor (1977) em História Econômica pela Universidade de São Paulo (USP), é professor livre-docente (1984) pela Unesp/Marília, onde foi professor titular em uma trajetória de permanente interesse na inserção internacional do Brasil. Atuou como professor visitante na Universidade de Brasília (UnB) e no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. Integrou o corpo docente fundador do Programa de Pós-Graduação em História da Unesp/Assis, onde também lecionou no curso de graduação até 2013, e integrou, também, o grupo de docentes fundador do Programa de Pós-Graduação “San Tiago Dantas” (UNESP/UNICAMP/PUC-SP). Foi bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), nível I-A. Da sua densa produção bibliográfica, merecem destaque os livros A República e sua política exterior, 1889-1902 (1995) e Política externa da Primeira República ( 2003), e, em coautoria com Amado Luiz Cervo, História da política exterior do Brasil (1992), que já está na 5ª edição pela Editora da UnB. Esse último se tornou referência na área de estudos da política externa brasileira e na formação da maior parte dos historiadores e internacionalistas dedicados ao tema, considerada a principal obra-síntese da história da política externa brasileira e, provavelmente, um dos livros mais acessados nos cursos de graduação e pós-graduação da área. Publicou textos em Paris, Londres, Milão, Buenos Aires, Quito, Tóquio e Assunção. Além de sua produção historiográfica, orientou estudantes de pós-graduação, em nível de doutorado e mestrado, influenciando diretamente na formação de pesquisadores dos temas internacionais do Brasil. Em sua vasta obra é evidente o rigor metodológico no estudo de seus temas de pesquisa e no meticuloso uso e tratamento das fontes primárias. Sua obra acadêmica, em sua maioria produzida antes do encurtamento das distâncias que as tecnologias da informação hoje nos oferecem, pode ser caracterizada como multiarquivística, pois suas pesquisas foram fruto de um trânsito em diferentes arquivos e centros de documentação. Nesta entrevista, procuramos ouvir, além de aspectos de sua trajetória pessoal, seu itinerário intelectual, dando atenção para as principais influências teóricas e metodológicas na sua formação e, especialmente, na composição de sua obra. Realizada dentro do contexto da pandemia do novo coronavírus, a entrevista foi realizada através de plataforma virtual em 16 de dezembro de 2020.
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