É uma resenha sobre a nova edição de Ratio Studiorum, publicado oficialmente pela primeira vez em 1599 e que contém as regras e o Plano de estudos a que estiveram submetidas as instituições educacionais jesuíticas. A única publicação da Ratio Studiorum em língua portuguesa era a do padre Leonel Franca, em 1952, sob o título de O método pedagógico dos jesuítas, porém, há muito tempo esgotada. Depois dessa publicação, somente em 2019 houve uma nova republicação dessa mesma tradução. De modo que, a publicação realizada por Margarida Miranda, em 2018, era uma carência para o público de língua portuguesa. O livro é uma edição bilíngue latim-português, com introdução, versão portuguesa e notas, prefácio e dois textos de contextualização. Destacamos a importância desta publicação para toda comunidade acadêmica e científica, pois além de contribuir para o mercado editorial, português e brasileiro, o qual não oferecia ao público novas edições e traduções críticas da Ratio, também oferece ao leitor dois artigos excelentes que vão contextualizar toda a gênese e desenvolvimento do documento.
O livro foi divido em duas partes, sendo a primeira intitulada "Do método na pesquisa" e conta com quatro artigos: 1) Contribuições do pensamento de Carlo Ginzburg ao trabalho com as fontes históricas em estudos étnico-raciais e póscoloniais na história da educação; 2) Aproximações do pensamento de Carlo Ginzburg à perspectiva historiográfica de Marc Bloch: pistas para a pesquisa em história da educação; 3) Conhecendo professoras pela lente da micro-história; 4) Ausências e imaginação no trabalho com as fontes: processos de produção de narrativas historiográficas.A segunda parte se intitula "Das fontes e do objeto" e conta com seis artigos: 5) Educação física e americanismo: rastros de padrões culturais entre fios e nós (1932)(1933)(1934)(1935)(1936)(1937)(1938)(1939)(1940)(1941)(1942)(1943)(1944)(1945)(1946)(1947)(1948)(1949)(1950); 6) Por entre silêncios, indícios e decifrações: fios da trama que conferiram identidade à atuação de Renato Eloy de Andrade com a educação
O contexto do nascimento da Ciência Moderna se dá na transição do feudalismo para o capitalismo. Neste período de mudanças, surgem diversos pensadores que se apresentam por caminhos distintos, porém, com o objetivo de se chegar à verdade, contrapondo-se ao pensamento predominante na época: o do catolicismo. Essa contraposição foi possível pela secularização da sociedade. Diante disso, o artigo de cunho bibliográfico apresenta brevemente os novos paradigmas da ciência moderna e, na sequência, a apologética católica frente à ciência moderna, como meio de manter sua hegemonia às formas de pensar e (re)viver a medievalidade
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