Este estudo teve como objetivo avaliar a fitossociologia do estrato arbóreo-arbustivo de um segmento de mata ciliar do Riacho da Cutia, em Boa Vista do Tupim, Bahia. Foram alocados na área 34 transectos de 50 m com pontos estabelecidos a cada 10 m. Registraram-se 816 indivíduos distribuídos em 64 gêneros, 28 famílias e 83 espécies. O maior IVI foi de Astronium urundeuva (M. Allemão) Engl. (31,98%) e da família Fabaceae (79,01%); já a espécie mais adaptada foi Colicodendron yco (Mart.) Mart. A densidade foi de 307 indivíduos.ha-1 e a área basal, 10,6 cm2.ha-1. O índice de diversidade de Shannon-Wiener foi H’ = 3,484 e de equabilidade de Pielou, J’= 0,780. Não houve o prevalecimento de espécies pioneiras na área. As informações fitossociológicas do componente arbóreo-arbustivo podem colaborar para futuros projetos de restauração ecológica ou recuperação das matas ciliares no trecho médio da Bacia Hidrográfica do Paraguaçu.
As áreas remanescentes das vegetações ribeirinhas servem como referências para a reconstrução e a restauração de um novo ecossistema. Dessa forma, a abordagem de conceitos como riqueza de espécies, diversidade genética das populações, dinâmica da sucessão ecológica, interações entre as plantas e demais componentes do ambiente, devem ser analisadas com bastante cuidado e atenção (Kageyama et al., 2001; Pereira; Botelho; Davide, 2015).
As formações vegetais que ocorrem ao longo de cursos d’água e no entorno de mananciais possuem características definidas por uma relação complexa de fatores ambientais locais. A complexidade desses fatores atuam na condição ribeirinha e definem um ambiente heterogêneo, constituindo um mosaico de condições ecológicas distintas, cada qual com suas particularidades fisionômicas, florísticas e ou estruturais (Rodrigues, 2000).
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