Este artigo apresenta os primeiros resultados de uma pesquisa cujo objeto é a não exaustividade no PB. Pretendemos verificar se e como a prosódia, mais precisamente a entoação, direcionaria a interpretação do ouvinte diante de sentenças com foco não exaustivo, comparando suas curvas entoacionais com sentenças de focos exaustivo e contrastivo. Os primeiros resultados indicam que o foco não exaustivo pode ser marcado pela prosódia por meio de uma curva entoacional específica, e que as curvas com foco exaustivo ou contrastivo teriam um contorno entoacional muito semelhante e, por isso, precisariam de marcadores lexicais, como o 'só' e o 'não'.
Neste artigo, apresentaremos os resultados de um experimento acústico a respeito do comportamento entoacional das sentenças exclamativas conhecidas como small clauses livres (SCLs) e das sentenças clivadas do português brasileiro (PB), e relacionaremos esses resultados com a estrutura sintática das sentenças analisadas. Tivemos por objetivo testar duas hipóteses. A primeira prevê que, na posição foco sentencial, o valor da frequência fundamental (F0) é maior do que na posição de sujeito e na posição da tônica final, tanto nas SCLs quanto nas sentenças clivadas. A segunda hipótese prevê que as SCLs e as clivadas têm o mesmo comportamento entoacional, se a análise de Kato (2007) para a estrutura sintática dessas sentenças estiver correta. Ou seja, o valor de F0 na posição foco das SCLs não apresentaria diferenças significativas em relação à posição foco das clivadas; e assim por diante para as posições sujeito e sílaba tônica final. Para testar essas hipóteses, desenvolvemos um experimento de produção e coletamos 288 sentenças para análise. O software PRAAT com o script MOMEL/INTSINT foi usado para analisar os dados de F0, e na sequência esses dados foram analisados estatisticamente com o software SPSS. Os resultados confirmaram nossa primeira hipótese, mas rejeitaram a segunda. Concluímos, portanto, que os comportamentos entoacionais em investigação são diferentes uns dos outros, o que sugere a possibilidade de termos estruturas sintáticas diferentes para SCLs e sentenças clivadas.
<span>Neste artigo, apresentaremos os resultados de um experimento acústico a respeito do comportamento entoacional das sentenças exclamativas conhecidas como <span><em>small clauses </em><span>livres (SCLs) e das<span> sentenças clivadas do português brasileiro (PB), e relacionaremos esses resultados com a estrutura sintática das sentenças analisadas. Tivemos por objetivo testar duas hipóteses. A primeira<span> prevê que, na posição foco sentencial, o valor da frequência fundamental (F0) é maior do que<span> na posição de sujeito e na posição da tônica final, tanto nas SCLs quanto nas sentenças clivadas.<span> A segunda hipótese prevê que as SCLs e as clivadas têm o mesmo comportamento entoacional,<span> se a análise de Kato (2007) para a estrutura sintática dessas sentenças estiver correta. Ou seja,<span> o valor de F0 na posição foco das SCLs não apresentaria diferenças significativas em relação à<span> posição foco das clivadas; e assim por diante para as posições sujeito e sílaba tônica final. Para<span> testar essas hipóteses, desenvolvemos um experimento de produção e coletamos 288 sentenças<span> para análise. O <span><em>software </em><span>PRAAT com o <span><em>script </em><span>MOMEL/INTSINT foi usado para analisar os dados de F0, e na sequência esses dados foram analisados estatisticamente com o <span><em>software </em><span>SPSS. Os<span> resultados confirmaram nossa primeira hipótese, mas rejeitaram a segunda. Concluímos, portanto, que os comportamentos entoacionais em investigação são diferentes uns dos outros, o que<span> sugere a possibilidade de termos estruturas sintáticas diferentes para SCLs e sentenças clivadas.<br /><br class="Apple-interchange-newline" /></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span>
O presente artigo discute a montagem de corpora para análise prosódica dos focos não exaustivo, exaustivo e contrastivo em português brasileiro. São descritas aqui as metodologias de experimentos de produção e percepção criados para investigar e descrever a prosódia da fala e a prosódia visual de sentenças declarativas com os três tipos de focos anteriormente mencionados, considerando-se a hipótese de que haja diferentes comportamentos prosódicos para diferentes tipos de foco. É feita uma descrição metodológica dos experimentos já realizados bem como a descrição dos primeiros resultados encontrados e das próximas etapas experimentais.
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