As inclusões citoplasmáticas azul-esverdeadas em neutrófilos são conhecidas na literatura médica como “cristais verdes da morte” uma vez que, apesar de raras, indicam um prognóstico desfavorável e o paciente progride rapidamente para o óbito, especialmente quando associadas a outros indícios laboratoriais de injúria hepática aguda e fulminante. Até o presente momento não há relatos de tais inclusões na literatura veterinária. Os objetivos desse relato são descrever, pela primeira vez, as inclusões em neutrófilos de um cão que veio a óbito dois dias após a observação desse achado e alertar sobre a importância da identificação de tais inclusões na hematologia veterinária. Uma cadela, sem raça definida, de aproximadamente 10 anos de idade, foi atendida no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná - UFPR/Curitiba-PR após ser resgatada da rua, vítima de atropelamento e permaneceu internada durante oito dias até sua morte. Durante o período de internação foi notado piora progressiva do quadro clínico e laboratorial. Foi observada, durante a avaliação morfológica do esfregaço sanguíneo, a presença de inclusões azul-esverdeadas no citoplasma de neutrófilos. Houve aumento significativo das enzimas hepáticas de extravasamento (alanina aminotransferase - ALT e aspartato aminotransferase - AST) e de colestase (fosfatase alcalina - FA e gama glutamil transferase - GGT), assim como do lactato sérico, contribuindo à rápida piora do quadro clínico do animal, o que sugere que o achado dessas inclusões pode ser marcador de péssimo prognóstico e está associado à insuficiência hepática fulminante.
Até o momento, não houve nenhum trabalho na literatura a respeito da suinocultura na Região Metropolitana de Curitiba, desta forma, este trabalho tem como objetivo caracterizar a produção de suínos nesta região. Os resultados foram obtidos por meio da aplicação de entrevista semiestruturada. Participaram da pesquisa 62 suinocultores distribuídos em 14 municípios da região. A maioria das propriedades avaliadas (51,6%) possuía até 10 hectares, 80,6% utilizava apenas mão de obra familiar e todas as unidades produtoras analisadas combinavam a suinocultura com outras atividades. Do total, 52,5% possuíam até 10 suínos, 80,6% praticavam a produção em ciclo completo e 45,2% mantinham os animais confinados em baias. Na alimentação dos suínos, foi mais frequentemente relatado o uso de milho e sobras de comida, que eram obtidos na própria propriedade. Observou-se que a produção de suínos na Região Metropolitana de Curitiba é uma atividade que desempenha um papel econômico e social para os produtores de pequena escala. Concluiu-se que os locais avaliados, em geral, desenvolvem a suinocultura como atividade de subsistência, mas existem diferenças entre eles, demonstrando que cada um possui características próprias.
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