A educação é um ato de amor e, consequentemente de sensibilidade e empatia, embora o método tradicional ainda prevaleça nas salas de aula do Brasil, isso não significa que a afetividade deva se fazer ausente no processo de ensinar e aprender. A realidade nos mostra um país de diversidade, mas também de desigualdade e, este cenário se evidenciou com mais força durante a pandemia de Covid-19. Neste sentido, este artigo tem por objetivo compreender de que forma a memória dos educandos e dos professores refletida em minicontos demonstra a resistência da educação diante das desigualdades socioespaciais da pandemia causada pelo coronavírus (Covid-19). Como metodologia foi utilizada a escrita de memórias sobre a realidade educacional no período da pandemia, expostas e manifestadas em minicontos por estudantes e professores de uma escola pública do município de Fortaleza-CE. Os relatos demonstram que as desigualdades socioespaciais afetam de forma brutal a educação das classes mais vulneráveis, pois revelam dificuldades de acesso ao ensino remoto, seja por falta de recursos tecnológicos e/ou internet, ainda precisam lutar com o desemprego, a fome, a violência doméstica, a doença, o medo, a ansiedade e o luto.
Nos últimos anos, muito se tem dialogado sobre a transformação social no Brasil através da educação, registrando um cenário de luta e resistência contra um passado marcado pelo colonialismo. A herança colonial afeta até hoje os povos mais vulneráveis da sociedade brasileira de uma forma opressora, cabendo aqui ressaltar o grupo das mulheres que historicamente e culturalmente foram afetadas pelo patriarcado e, por esse motivo, foram escolhidas como objeto de estudo para a pesquisa, tomando por base o rompimento da escolarização como sequela do colonialismo excludente, bem como a pedagogia decolonial como esperança de escolarização para todos os gêneros. Mediante o contexto exposto, este artigo aborda a negação da educação de mulheres como problemática, uma vez que o direito à escolarização foi rompido pelos fatores históricos e culturais da sociedade machista. Para isso, a pesquisa teve como objetivo compreender de que forma a colonialidade do poder, do saber, do ser e do gênero no Brasil impacta na educação para mulheres. Como metodologia foi utilizada pesquisa bibliográfica referente aos temas sobre educação de mulheres no Brasil, colonialidade e pedagogia decolonial, partindo de uma análise crítica baseada em teóricos estudiosos das temáticas em questão e, da realidade dos dias atuais que apresenta avanços no que diz respeito a herança machista e opressora deixada pelos colonizadores, mas que ainda implora por luta e resistência.
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