RESUMO A Nomenclatura Gramatical em vigor em Portugal até 2003 datava de 1967. Em 2007, instituiu-se uma nova terminologia linguística, por meio da publicação do Dicionário Terminológico (DT). Tal dicionário resultou da revisão da Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário, analisada neste estudo. Em 2015, outro importante documento entrou em vigor: o Programa e Metas Curriculares de Português para o Ensino Básico e Secundário (PMCPEB). Considerando a importância da Fonética e da Fonologia para a reflexão sobre a língua e para a ampliação dos saberes linguísticos dos alunos, e levando em conta o fato de, tradicionalmente, essas áreas fazerem-se pouco presentes no currículo escolar português (VELOSO, 2006), os objetivos desta pesquisa foram: analisar o espaço ocupado pela Fonética e pela Fonologia no PMCPEB, no 3º ciclo do Ensino Básico1 e analisar se os verbetes da revisão da TLEBS contemplam os conteúdos desses campos previstos pelo PMCPEB. O estudo fundamentou-se em Cagliari (2009), Veloso (2006), Veloso e Rodrigues (2002) e evidenciou que essas disciplinas têm escasso lugar no PMCPEB; que os verbetes constantes da revisão da TLEBS não abrangem todos os conteúdos previstos pelo PMCPEB para essas áreas e que há erros terminológicos e imprecisão teórica na composição dos verbetes investigados.
RESUMO O estudo a que este texto se reporta visava, numa primeira fase, identificar as representações de futuras educadoras de infância e professoras do 1.º Ciclo do Ensino Básico sobre a educação global e, posteriormente, caracterizar a forma como estas representações se refletiam na promoção e análise de situações de ensino/aprendizagem no campo da Educação em Português como língua materna. No âmbito de uma Unidade Curricular de um mestrado profissionalizante de Bolonha, foram recolhidos e analisados dados provenientes de um questionário aplicado no início do semestre (representações iniciais) e de uma reflexão escrita individual entregue no final do percurso (representações finais), assim como sete planificações e respetivas fundamentações, orientadas para o desenvolvimento de competências em comunicação oral e escrita em Português a partir de uma perspetiva de educação global (desempenho). Neste texto, apresentamos uma análise cruzada de todos estes dados. A partir disso, concluiu-se que o percurso vivenciado na Unidade Curricular (UC) alterou a forma como as estudantes encaravam a educação global, embora tenha-se registado a dificuldade em operacionalizar esse conceito em articulação com o ensino e aprendizagem da língua materna.
Developing emergent literacy is, undoubtedly, one of the most important issues in early-years education and at primary school namely in what concerns the transition between the two cycles. This is a context in which it is very important to explore the transversality of the mother tongue and its promotion through the teaching/learning process. This text aims to demonstrate that it is possible to implement such a program. In order to support our arguments, we present examples from short didactic interventions which took place mainly in contexts of professional training to become an early-years educator or a primary school teacher.
O desenvolvimento da consciência fonológica é um processo que marca os primeiros anos de escolaridade das crianças. No entanto, deve ser preparado bem antes, iniciando-se na família e prosseguindo em contexto educativo, nomeadamente entre os 3 e os 6 anos de idade. Obviamente, a preparação para a sua abordagem é um momento importante da formação inicial de educadores de infância e professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico. Neste texto, são apresentados e discutidos os resultados de um estudo, cujo objetivo era determinar o impacto da formação sobre a abordagem do desenvolvimento da consciência fonológica proporcionada a estudantes do Ensino Superior em projetos desenvolvidos no âmbito da prática pedagógica supervisionada em articulação com o seminário de orientação educacional. Os dados recolhidos em documentos de apresentação dos projetos foram submetidos a análise de conteúdo tendo em conta aspetos essenciais do desenvolvimento da consciência fonológica: i) etapas da consciência fonológica visadas; ii) fases da consciência fonológica contempladas; iii) tipos de consciência fonológica trabalhados; iv) tipos de atividades realizados. Foram detetadas algumas lacunas na abordagem desta temática e apresentadas propostas para as superar através da formação.
O objetivo deste artigo é estabelecer um ponto de partida para uma reflexão sobre os mais recentes cenários educacionais promovidos pela era da web social. De onde partimos quando queremos aprofundar conhecimento sobre este tema? Neste artigo, propomo-nos proceder a uma revisão de literatura. Começaremos por procurar uma clarificação do conceito de web social, para, de seguida, nos focarmos no seu papel no campo da Educação, particularmente, no Ensino Superior, centrando-nos depois nas comunidades emergentes que surgem nesses contextos educacionais.
Palavras-chave Língua materna. Flexibilidade curricular. Formação. Ensino. Educação Pré-escolar. 1-Este trabalho é financiado por Fundos Nacionais através da FCT-Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto UID/ CED/00194/2019.
Dada a importância das representações na vida dos indivíduos e, particularmente, enquanto influenciadoras da ação didática docente, desenvolveu-se um estudo no âmbito da formação inicial deste grupo profissional. A finalidade era compreender as dinâmicas de influência entre as representações, a adoção de trabalho colaborativo e a possibilidade de mudança. Participaram seis estudantes (em dois grupos) de uma unidade curricular de um mestrado profissionalizante em Educação Pré-escolar e Ensino no 1º Ciclo do Ensino Básico de uma universidade portuguesa, no ano letivo de 2010/2011. Disponibilizou-se um questionário online no início do estudo e, no fim deste, os estudantes conceberam uma reflexão escrita individual sobre a vivência numa unidade curricular em que se promovia a colaboração, através de um fórum de discussão online. Neste artigo, pretendemos apresentar e discutir as representações destas duas fases do estudo. Os resultados apontam para a influência das representações sobre colaboração na adoção dessa modalidade de trabalho num fórum de discussão online. A possibilidade de mudança de representações surgiu posteriormente a essa experiência, nas reflexões escritas individuais analisadas. Daqui emergiram sugestões pedagógico-didáticas, para levar os estudantes a conceber estratégias/ /atividades didáticas colaborativamente. Algumas limitações deste estudo prenderam-se com duas plataformas utilizadas para alojar os fóruns de discussão online. Palavras-chave:Representações, Formação de professores, Colaboração. IntroduçãoPara iniciar este artigo, tomamos como ponto de partida uma citação da autoria de Boff (1997, p. 1):A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, com que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação.Este autor afirmava que, para sabermos como pensa um determinado indivíduo (ou um grupo), será necessário conhecer a forma como este interpreta o que o rodeia, logo, é fundamental conhecer as suas representações.Particularmente, os professores orientam a sua ação didática com base em saber profissional, mas também em representações que partilham com o grupo social e com o grupo profissional. Essas representações vão sendo construídas e sedimentadas ao longo de toda a vida, de todo o percurso académico e profissional. 133A correspondência relativa a este artigo deverá ser enviada para:
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