O presente artigo investiga como o tamanho e a estrutura da rede social do idoso influenciam a atenção que lhe é dedicada por cada indivíduo de sua rede. Para tanto, foram criados dois índices de atenção ao idoso, a partir de dados da Pesquisa Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento na América Latina e Caribe (Sabe) para a cidade de São Paulo, em 2000, e utilizados modelos de regressão logística ordenados. Considerou-se que a atenção dedicada ao idoso requer tempo e comunicação e que sua rede de apoio engloba tanto os corresidentes quanto seus filhos e irmãos não corresidentes e demais pessoas não corresidentes que possuem alguma relação com o idoso. Utilizando modelos de regressão logística ordenados, encontraram-se associações entre a atenção que cada indivíduo dedica ao idoso e as variáveis que designam a estrutura e o tamanho familiar. Constatou-se que a atenção e o tempo dedicado ao idoso, além de relacionados às características das pessoas envolvidas, a estrutura e o tamanho da rede, estão também associados à estrutura, tamanho e características das redes sociais dessas pessoas. Por exemplo, uma rede maior implica que o idoso recebe menos atenção de cada membro dela. A pessoa que casou apenas uma vez tem maior chance de receber níveis mais elevados de atenção. Uma maior proporção de filhas na prole implica que estas assumem a maior parte da responsabilidade, enquanto outros membros da rede são menos presentes.DOI http://dx.doi.org/10.20947/S0102-309820160005
Militares da União podem, como parte de sua função, ter que migrar a cada dois ou três anos. Enquanto a carreira do homem militar é assegurada nessa situação, suas esposas podem não ter estabilidade suficiente para desempenharem suas carreiras no mercado de trabalho. O objetivo do presente estudo é analisar como as migrações e a carreira dos esposos podem afetar a participação das mulheres no mercado de trabalho formal. Para tanto, utilizaram-se modelos logit comparando os resultados para esposas de militares, de outros servidores públicos e de trabalhadores formais do setor privado controlando pelo tempo de migração dos casais, entre outras variáveis. Os resultados mostram que as esposas de militares participam menos do mercado de trabalho formal do que as cônjuges dos demais trabalhadores. As esposas que migraram também têm menor chance de estarem no mercado formal do que as que não migraram, independentemente da atividade do marido, a menos que tenha migrado antes do esposo e o esposo não seja militar. As mulheres de militares têm menores chances de participarem no mercado formal em qualquer situação de tempo de migração, mesmo que tenham migrado antes de seus cônjuges.
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