RESUMO:A partir de duas pesquisas em escolas públicas de educação infantil, destacam-se as representações sociais de educadoras em torno das diferenças na relação com as infâncias. Assume-se uma perspectiva teórico-metodológica cartográfica que dialoga com os pressupostos da Teoria das representações sociais. Destacam-se alguns desafios para o fortalecimento de um Estado democrático de direito, desde a infância, uma vez que o principal resultado dos estudos evidencia representações sociais sobre algumas diferenças como "assumidas" pelas docentes para um posicionamento político-pedagógico, enquanto outras não compõem esse mesmo estatuto de prioridades ou no âmbito da função social da escola. Faz-se fundamental a defesa de que as diferenças (em seus vários aspectos) devam ser visibilizadas e debatidas, na direção de uma Educação em Direitos Humanos, com vistas a uma justiça social expandida e a uma plenitude das infâncias. Assim, a pedagogia decolonial torna-se central para o processo de criação de contra hegemonias.
PALAVRAS-CHAVE:Infância. Representações sociais. Filosofia da diferença. Educação em Direitos Humanos. Decolonialidade.[...] as crianças são também, um «outro», estrangeiro no mundo dos adultos e assim, vistos como sujeitos inacabados da condição humana, cuja imagem sem reflexo cria a ilusão de uma sociedade sem espelho. (GUSMÃO, 2000, p. 42-43).
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.