Neste artigo pretende-se dar uma contribuição ao debate a respeito do desenvolvimento rural, analisando a importância da luta pela terra como condição para a intensificação do número de assentamentos rurais. Foram estudados os impactos sócio-territoriais dos assentamentos rurais na territorialização da agricultura camponesa e, dessas referências, ponderou-se que a luta pela terra, por meio da ocupação é um elemento importante para se compreender essas novas realidades que se manifestam no campo brasileiro.
In this article there is a contribution to the debate regarding the rural development, analyzing the importance of the fight for the land as a condition for the intensification of the number of rural settlements. The socio-territorial impacts of the rural settlements in the agriculture peasant's territorialization was studied. From those references, it was pondered that the fight for the land, by means of the occupation is an important element to understand those new realities that present in the Brazilian field
Propomos, neste trabalho, um tema que versa sobre a questão da identidade dos semterra. Estamos desenvolvendo esse projeto de pesquisa desde agosto de 1997, tendo como parâmetros: bibliografia selecionada, colóquios no qual foram debatidos temas pertinentes ao projeto e realização de pesquisa de campo. É com base nesses procedimentos que procuramos os subsídios que nos auxiliassem na compreensão de quem são os sem-terra: personagens que conquistam frações de territórios no campo brasileiro, lutam contra a expropriação territorial efetuada por grandes proprietários, grileiros e empresários; contra a exploração econômica que se concretiza na ação das grandes empresas capitalistas que subjugam o fruto do seu trabalho, e na política econômica do Estado que cria e garante as condições dessa sujeição. É no tocante à essa consideração que o texto estrutura-se: num primeiro momento realizamos uma reflexão atinente ao processo de luta pela terra que expressa a condição em que o trabalhador encontra-se no movimento contraditório da relação capital x trabalho. Numa segunda parte, explicitamos o processo de grilagem das terras do Pontal do Paranapanema; a espacialização e a territorialização do MST na região do Pontal, para que possamos compreender os conflitos por terra que envolvem o Estado e os latifundiários-grileiros. Na terceira parte discutimos quem são os sem-terra organizados no MST, que representam os expropriados do modo de produção capitalista, e que reivindicam o uso social da terra, a reforma agrária e a cidadania. Dessa maneira, é nosso objetivo praticar o exercício da leitura geográfica, vislumbrando refletir o tema e contribuir para o seu desenvolvimento.
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