Cervical cancer is a public health problem in Brazil, with annual incidence rates of 20-40 cases/100,000 women. Most patients with recurrent disease have symptoms from locoregional disease and may develop renal failure. This study aims to evaluate the outcome of patients with recurrent cervical cancer who underwent percutaneous nephrostomy (PN). We reviewed the medical records of 50 such patients who were referred to the Palliative Care Unit of the Brazilian National Cancer Institute from January 2002 to October 2006. Median age was 44 years (range, 26-67 years). Half the patients had improvement in pain or uremic symptoms, and seven (14%) had improved performance status (PS) after the procedure. Thirty patients (60%) had improvement of renal function; median creatinine levels before and after PN were 6.4 and 3.7mg/dL, respectively (P<0.05). Median overall survival after PN was 8.9 weeks (95% confidence interval [CI]: 7.4-10.3). Median survival was 9.9 weeks (95% CI: 8.7-11.0) in 40 patients with baseline PS 1-3 and one week (95% CI: 0.1-1.9) in 10 patients with PS 4 (log rank, P<0.0001). Median survival in patients with and without improvement of renal function after PN was 10.0 weeks (95% CI: 8.6-11.3) and 2.6 weeks (95% CI: 0-11.3), respectively (log rank, P=0.01). Twenty-nine patients (58%) died from renal failure. Complications were mainly urinary tract infection (n=10), catheter loss (n=9), and bleeding (n=1). These data suggest that PN can be of clinical benefit for carefully selected patients with recurrent cervical cancer.
O Hospital do Câncer IV (HC IV), unidade de Cuidados Paliativos do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), tem como perfil assistencial os pacientes com câncer avançado sem possibilidade de tratamento modificador da doença oriundos das outras unidades do INCA. O HC IV/INCA tem como missão “promover e prover Cuidados Paliativos oncológicos da mais alta qualidade, com habilidade técnica e humanitária”. Dessa maneira, pretende-se minimizar o sofrimento humano proveniente das esferas física, psíquica, social e espiritual e promover qualidade de vida. Como proposta de resolução dessas dificuldades, foi idealizada, pela equipe interdisciplinar do ambulatório do HC IV/INCA, a modalidade assistencial nomeada “Ambulatório a Distância”. O artigo relata essa iniciativa com o objetivo de apresentar uma alternativa viável para assegurar a qualidade dos cuidados técnico-profissionais aos pacientes e seus familiares, conforme os princípios dos Cuidados Paliativos, garantindo a continuidade desses cuidados ao paciente em seu território de domicílio, minorando o seu deslocamento, por meio do estabelecimento de uma ação integrada com a Atenção Primária à Saúde.
Introdução: A telemedicina pode ser um instrumento útil para o acompanhamento de pacientes em cuidados paliativos, especialmente no contexto da pandemia por covid-19. Objetivo: Descrever o uso da telemedicina para pacientes em cuidados paliativos oncológicos acompanhados ambulatorialmente em uma unidade de referência nacional. Método: Análise retrospectiva de teleatendimentos médicos realizados entre abril de 2020 e fevereiro de 2021 a pacientes da unidade acompanhados ambulatorialmente. Foram analisados dados demográficos e clínicos dos pacientes, características do teleatendimento e conduta médica, e feita uma avaliação subjetiva com os profissionais responsáveis pelos teleatendimentos. Resultados: Foram realizados 1.645 teleatendimentos médicos a 470 pacientes com idade média de 62 (54-73) anos, sendo a maioria do sexo feminino (n=258; 54,9%) e com Karnofsky Performance Status estimado em 40% ou superior (n=423; 90,0%) no momento do primeiro contato a distância. Os teleatendimentos foram realizados, em sua maior parte (n=928; 56,4%), para o monitoramento da carga de sintomas entre as consultas presenciais. Destes, em 612 (frequência relativa=65,9%), houve sintoma controlado no teleatendimento subsequente. A queixa mais prevalente foi dor (n=303; frequência relativa=32,7%) seguida por sintomas gripais (n=108; frequência relativa=11,6%). Entre as condutas traçadas, a mais prevalente (n=921; 56,0%) foi o comparecimento apenas do responsável pela retirada dos medicamentos, sem necessidade de deslocamento do paciente. Conclusão: A telemedicina mostrou-se útil na monitorização de sintomas de pacientes com câncer avançado e permitiu que pacientes e cuidadores se mantivessem em seus domicílios, reduzindo o deslocamento e, consequentemente, o risco de contágio por covid-19.
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