INTRODUÇÃO: Foi realizado estudo transversal em uma amostra representativa da população adulta de Pelotas para determinar a prevalência de obesidade e os fatores a ela associados, tendo em vista o acentuado aumento de excesso de peso no Brasil, entre 1974 e 1989. MATERIAL E MÉTODO: Foram estudadas 1.035 pessoas com idade entre 20 e 69 anos, residentes na zona urbana do município. A obesidade foi definida a partir do índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30 kg/m². A análise multivariada foi realizada considerando um modelo hierárquico das variáveis associadas com obesidade em ambos os sexos. RESULTADOS: A prevalência de obesidade foi de 21% (IC95% 18 - 23), sendo de 25% (IC95% 22 - 29) entre as mulheres e 15% (IC95% 12 - 18) entre os homens. A relação entre as variáveis socioeconômicas e a obesidade foi inversa entre as mulheres e direta entre os homens. Entre as mulheres, as variáveis que se mantiveram associadas significativamente com obesidade foram: obesidade dos pais, ocorrência de diabete ou hipertensão, não fumar, menor número de refeições diárias e não ter realizado exercício físico no lazer durante o último ano. Para os homens somente a ocorrência de obesidade nos pais e a hipertensão arterial sistêmica estiveram significativamente associadas, enquanto a proteção do maior número de refeições apresentou uma associação quase significativa (p = 0,07). CONCLUSÃO: Os resultados indicam que os determinantes de obesidade são diferentes entre os sexos, ocorrendo em maior freqüência entre as mulheres e com o aumento da idade.
Prevalence of anthropometric deficits and of obesity were studied in two populationbased birth cohort studies in the city of Pelotas in Southern Brazil, in 1982 and
Compared with children from other regions, Latin American children living in poverty have much lower prevalences of weight-for-height deficits than would be expected given the observed rates of stunting. This study was aimed at investigating whether variations in body proportions, particularly abdominal circumference, could explain this paradoxical finding. In a cross-sectional study, children aged 12-35 mo (n = 197) were studied in Southern Brazil. Half of these children were from a high socioeconomic status (SES) group whose growth closely resembled that of the National Center for Health Statistics (NCHS)/WHO reference; the other half were from low income families. The following 11 anthropometric measurements were collected: weight, height, sitting height/crown-rump length, head, chest, upper arm and abdominal circumference, triceps, biceps, subscapular and suprailiac skinfolds. These measures were compared between the two groups of children and with values for North American children [mostly from Second National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES II)]. For nearly all measures, low SES Brazilian children tended to be smaller than both high SES and North American children. However, when body proportionality was assessed by dividing the measurements by the child's height, these differences tended to disappear or even to change direction, as was the case for head, chest and abdominal circumferences. Mean abdominal circumference was virtually identical between low and high SES children, and the former had larger abdomens for a given height. Despite slight differences in measuring techniques, Brazilian children had larger abdomens than North Americans. These findings may explain in part why deprived Latin American children have higher weights for their height compared with the NCHS/WHO reference.
POST, C.L.A. et al. Fatores prognósticos de letalidade hospitalar por diarréia ou pneumonia em menores de um ano de idade. Estudo de caso e controle. Rev. Saúde públ.,S.Paulo, 26: 369-78, 1992. Estudou-se a letalidade hospitalar devido à diarréia ou pneumonia em menores de um ano de idade na Região Metropolitana do Rio de Janeiro cujo óbito ocorreu entre abril/86 e maio/87. Foram investigados possíveis fatores prognósticos de letalidade hospitalar em relação a condições socioeconômicas, biológicas e amamentação aos 30 dias de vida. Foi utilizada metodologia de caso-controle, sendo casos as crianças internadas por diarréia ou por pneumonia que morreram, e controles aquelas que sobreviveram. Referências são feitas aos fenômenos de causalidade reversa e "overmatching" como possíveis viéses neste tipo de estudo. Razão de produtos cruzados (RPC) foi utilizada para estimar os riscos relativos, através de regressão logística não condicional. Os principais fatores prognósticos encontrados foram prematuridade, baixo peso ao nascer, mau estado geral e déficit peso/idade na hospitalização. Nas crianças com pneumonia a duração do aleitamento materno esteve associado com a letalidade (RPC=2,0). As condições biológicas evidenciaram-se como os principais fatores prognósticos de letalidade hospitalar por diarréia ou pneumonia.
Foram estudadas 386 crianças entre seis e 59 meses de idade, residentes em área de baixa renda do Município de Pelotas, Rio Grande do Sul, com o objetivo de avaliar a associação entre o déficit de peso para estatura e o perímetro abdominal. Foram tomadas 13 medidas antropométricas (peso, estatura, estatura tronco-cefálica, quatro perímetros, quatro pregas cutâneas e duas larguras). Calcularam-se as áreas muscular, adiposa e total do braço, e o comprimento de pernas. Índices de proporcionalidade corporal foram obtidos, dividindo-se os valores das variáveis antropométricas pela respectiva estatura. Déficits de estatura para idade, peso para idade e peso para estatura foram de 25,9%, 14,4% e 3,5%, respectivamente. O perímetro abdominal dividido pela estatura mostrou-se elevado em crianças baixas e menos pesadas. Uma redução média de 2 cm no perímetro abdominal entre crianças pelotenses sem déficit nutricional elevaria a prevalência de déficit de peso para estatura dos atuais 3,5% para 7,0%. As baixas prevalências de déficit de peso para estatura na presença de elevados déficits de estatura para idade, conforme descrito em diversos estudos brasileiros, podem ser parcialmente explicadas por aumentos no perímetro abdominal.
RESUMOObjetivos: Descrever uma população de pacientes com diabetes tipo 1 (DM1) em relação a fatores demográficos, ambientais, sócio-econômicos e manejo da doença. Delineamento: Série de casos. Participantes: Indiví-duos com DM1, com até 10 anos de doença, até 30 anos de idade, residentes em onze municípios do sul do Brasil. Resultados: Foram estudados 126 indivíduos com DM1 (57 homens e 69 mulheres), sendo que a idade mais freqüente de início da doença foi dos 11 aos 15 anos (31%). Houve variação sazonal na época de apresentação. O diagnóstico foi feito por sintomas que motivaram uma dosagem de glicemia em 61%, por hospitalização, não em UTI, em 22% e por cetoacidose em 18%. Na amostra, 47% aplicava insulina uma vez ao dia. Sessenta por cento dos pacientes realizava algum tipo de automonitorização, um terço reutilizava seis ou mais vezes a seringa e 50% da insulina era fornecida pelo poder público. Quanto ao reconhecimento da hipoglicemia, 18% dos pacientes não sabiam citar nenhum dos sinais de alerta. Grande parte da amostra (73%) consultava médico especialista em DM. Dos pacientes com mais de 5 anos de doença, 16% nunca haviam feito fundoscopia e 17% haviam realizado o exame há 2 anos ou mais. As formas de apresentação da doença e da aquisição de insulina e a consulta com especialista estiveram associadas à renda familiar. As mulheres seguiam a dieta de modo mais adequado (p= 0,05) e auto-aplicavam insulina com mais freqüência, quando comparadas aos homens. Conclusões: Os fatores sócio-econômicos influenciaram neste estudo a forma de diagnóstico da doença, a obtenção de insulina e o acesso à especialistas. Os pacientes ainda carecem de conhecimentos básicos a respeito do manejo da doença. ABSTRACTObjectives: To describe a type 1 diabetes mellitus (DM1) population with regard to demographic, socioeconomic, environmental and management aspects. Design: Series of cases. Participants: 126 DM1 patients, aged up to 30 yrs, with no more than 10 yrs of diagnosis, living in some cities of South Brazil. Results: The patients were 57 men and 69 women, being the age of onset mainly at 11-15 yrs (31%). There were seasonal presentations at diagnosis. The diagnosis of DM was done as outpatients, by symptoms in 61%, due to hospitalization in 22% and ketoacidosis in 18%. Forty-seven percent of the sample injected insulin once daily, 60% of patients performed some self monitoring, one third reused the same syringe six or more times and 50% of insulin was provided by public services. Regarding awareness of hypoglycaemia, 18% of the patients did not know any signal of alert. A significant part of the sample was seen by a specialist in DM (73%). Among the patients with five years or more of DM, 16% of them have never had their eyes examined and 17% had been examined at least two years ago. The onset of DM, assistance by a specialist and provision of insulin was associated with familiar income. Women were on diet more often (p= 0,05) and had more self-injection of insulin (p= 0,01) than men. Conclusions: In this artigo original U...
OBJETIVO: Avaliar a associação entre o perímetro abdominal e o índice peso para estatura em crianças, comparando as médias de índices antropométricos e de proporcionalidade corporal entre crianças pelotenses com e sem déficit linear, peruanas e norte-americanas, por faixa etária. MÉTODOS: Foram estudadas 386 crianças de 6 a 59 meses, residentes em bairro pobre de Pelotas, RS. Foram medidos e calculados 18 índices antropométricos. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Crianças com déficit linear apresentaram índices antropométricos inferiores, comparativamente àquelas sem déficit e às norte-americanas; proporcionalmente à sua estatura, maiores perímetros abdominal, cefálico e torácico. As baixas prevalências de déficit de peso para estatura não resultam de excesso de tecido adiposo ou de massa muscular e podem ser parcialmente explicadas por um aumento nas dimensões da cabeça e do tronco (inclusive do perímetro abdominal) em relação à estatura da criança.
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