As pessoas tipicamente sabem menos sobre política do que pensam. Quando se trata de extremistas, essa autoilusão é ainda maior. Além disso, os extremistas são mais suscetíveis a crenças de que diversos problemas socioeconômicos têm origem em conspirações, dificultando a implementação de estratégias formais de marketing eleitoral e de governo. Uma survey com amostra probabilística de 380 eleitores contendo questões que mensuraram o nível de extremismo e conhecimento sobre determinadas políticas públicas e a crença em teorias conspiratórias foi aplicada em três cidades gaúchas. Encontrou-se uma relação positiva entre posições mais extremas e o nível autodeclarado de conhecimento sobre diversos temas, além de uma associação positiva entre extremismo e crenças conspiratórias. Uma vez que os extremistas são mais convictos de seus conhecimentos, é possível que as pessoas com opiniões equilibradas sejam, constantemente, influenciadas pelas decisões tomadas por aquele grupo, muitas vezes lastradas por crenças improváveis.
Evidências têm mostrado que praticamente todas as pessoas são desonestas, sendo que umas mais do que outras. As pessoas possuem uma bússola moral que define um limite de desonestidade baseado na sua percepção de diversos incentivos. Dois experimentos de campo investigaram o nível de desonestidade das pessoas. No primeiro experimento, os participantes se engajaram em uma olimpíada de matemática fictícia, onde havia a possibilidade de trapaça ao retornar a quantidade de respostas corretas da atividade. No segundo experimento, analisou-se a quantidade de pessoas que fizeram a devolução de troco excedente em uma situação de compra corriqueira. Os estudos testaram o quanto dois diferentes tipos de incentivos (moral e social) podem diminuir a desonestidade dos indivíduos. Os resultados do primeiro estudo mostraram que na possibilidade de trapacear, as pessoas foram desonestas, porém não muito. Já o segundo experimento mostrou que uma simples simulação de estímulo social, a presença de um cartaz com a ilustração de olhos ao lado do caixa, reduziu a desonestidade e fez com que as pessoas devolvessem mais o troco excedente. Em ambos os estudos, a presença de códigos de honra não apresentou efeito na redução da desonestidade.
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