O presente estudo tem como foco a Matinta Perera, ente amazônico dotado de poderes zoomórficos e comumente associado ao gênero feminino. Nessa direção, pretende-se analisar essa figura mítica no contexto das narrativas orais que falam sobre possíveis “avistamentos” ocorridos na comunidade de Curuçambaba, área rural do município de Bujaru, região Nordeste do Estado do Pará, Brasil. No plano teórico, o estudo mobiliza uma bibliografia que incorpora as contribuições de Cascudo, Fares e Silva Júnior para contextualizar o mito em seus diferentes significados e auxiliar a compreensão do que foi ouvido entre os locais. Em sua concepção empírica, o estudo é desenhado com base nas narrativas orais recolhidas em 2015 na área em foco. Segundo os narradores, em Curuçambaba existem matintas vivendo entre eles, envolvendo situações de “avistamentos”. De um modo geral, as narrativas recolhidas sobre a Matinta Perera apontam para representações amazônicas sobre gênero, velhice e pobreza transmitidas pelo gesto de narrar uma história que, ao mesmo tempo, assusta e educa os mais jovens, sobretudo nas áreas rurais da Amazônia paraense.
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