Os macroinvertebrados bentônicos e nectônicos representam elementos importantes na estrutura e funcionamento dos ecossistemas aquáticos e sua distribuição é influenciada pela natureza química do substrato, composição da vegetação e profundidade da lâmina d'água. O conhecimento desta fauna contribui para a avaliação da qualidade da água e a elaboração de ações visando à conservação da biodiversidade. No presente estudo foram avaliadas diferentes medidas bióticas da comunidade de invertebrados da represa de Alagados, importante manancial da cidade de Ponta Grossa, no Paraná. Em cinco diferentes pontos de amostragem, foram coletados 18.473 exemplares de macroinvertebrados aquáticos ou semi-aquáticos, pertencentes a 46 táxons dos filos Annelida (Hirudinea e Oligochaeta), Mollusca (Gastropoda), Platyhelminthes (Turbellaria), Nematoda e Arthropoda (Arachnida, Crustacea e Insecta). Esta comunidade foi constituída predominantemente por organismos predadores (45,7% dos táxons amostrados), seguidos de coletores e/ou filtradores (23,9%); raspadores (15,2%), fragmentadores (13%) e detritívoros (2,2%). De modo geral, os índices de diversidade (H') e equitabilidade (J) foram significativamente baixos para os cinco locais investigados, com H' variando de 0,3301 a 1,0396. Quanto à tolerância dos organismos à poluição orgânica, alguns táxons mais sensíveis foram muito raros (Plecoptera) ou em baixa frequência (Trichoptera e Ephemeroptera). Entre os grupos mais resistentes a ambientes poluídos estão os Chironomidae e os Hirudinea, ambos bastante comuns nas amostras de Alagados. Este estudo reforça a importância da análise de bioindicadores na avaliação da qualidade de água para consumo humano e também para a conservação de ecossistemas, considerando que um programa de monitoramento ambiental deve integrar medidas físicas, químicas e biológicas.
Os Ephemeroptera constituem um dos mais importantes grupos da entomofauna aquática, ao lado de Plecoptera e Trichoptera (EPT) e muitos Diptera. Ocorrem em ambientes aquáticos continentais lênticos e lóticos, sendo sua maior diversidade encontrada em rios de pequena ordem, com fundo rochoso e acúmulo de folhas, e água oligotrófica a mesotrófica. A última lista de Ephemeroptera para o Estado de São Paulo feita por Hubbard & Pescador (1999) registrou apenas 8 espécies e nenhum pesquisador trabalhando com taxonomia do grupo. Atualmente 53 espécies são registradas para o Estado de São Paulo, distribuídas em 9 famílias: Baetidae (15 spp.), Caenidae (1 sp.), Ephemeridae (1 sp.), Euthyplociidae (2 spp.), Leptohyphidae (12 spp.), Leptophlebiidae (16 spp.), Melanemerellidae (1 sp.), Oligoneuriidae (1 sp.) and Polymitarcyidae (3 spp.), e pelo menos 4 pesquisadores Doutores brasileiros trabalhando diretamente com taxonomia e distribuição de Ephemeroptera.
Farrodes nymphs are specialized periphyton/biofilm scrapers. Their maxillae are the most specialized mouthparts, but other elements, with their systems of variously modified setae, are designed to obtain and transport food particles to the pharynx with a minimum of loss. The morphology and adaptations of these mouthparts and related head areas, as well as associated musculature, are described.
Neste trabalho são apresentados quatro novos registros de Ephemerelloidea para o Estado de São Paulo, Leptohyphes cornutus Allen, Leptohyphes plaumanni Allen, Tricorythodes bullus Allen e Traverhyphes (Traverhyphes) indicator (Needham & Murphy), esta ultima constitui um novo registro para o Brasil. Além dos novos registros, também são ampliadas as áreas de distribuição das espécies Leptohyphodes inanis Ulmer, Traverhyphes (Mocoihyphes) edmundsi (Allen) e Traverhyphes (Mocoihyphes) yuati Molineri, para outros municípios do Estado de São Paulo.
The genus Hydromastodon is described here with a new species H. sallesi, and a new combination: Hydromastodon (=Hydrosmilodon) mikei (Thomas & Boutonnet 2004). H. sallesi was described based on nymphs from Pindaíba Stream, near Nova Xavantina, State of Mato Grosso, and from Bem Querer Stream, State of Roraima, Brazil. Hydromastodon can be distinguished from other genera of the Hermanella group by presence of posterolateral spines on abdominal segments 6 or 7 to 9, tarsal claws with subequal denticles in two separate rows, without large subapical denticle, and clavate setae on legs. Hydromastodon seems to be closely related to Hydrosmilodon and Leentvaaria.
A new genus, Segesta, is described based on nymphs from the State of Rio Grande do Sul, southern Brazil. The genus is related to Thraulodes, Massartellopsis, Meridialaris and Secochela as indicated by the posterolateral spines on abdominal segments 2 to 9, by the long lanceolate gills present on segments 1 to 7, tarsal claws without a large subapical denticle, and general shape of clypeus and labrum. However, the new genus can be distinguished from those related genera by the maxillary and labial palps that are very large and remarkably curved, a shape unique among the Neotropical Atalophlebiinae not belonging to the Hermanella-group.
Perissophlebiodes flinti Savage 1982, descrita para o Estado do Rio de Janeiro, e sem registros desde 1977, é agora registrada para o Estado de São Paulo. São feitos comentários sobre a distribuição e sugestões para identificação das ninfas de Leptophlebiidae neotropicais com duas asas.
Baetodes santatereza, new species, and B. liviae, new species, are described based on nymphs collected from São Paulo, and Paraná states, Brazil. They both possess one gill on each coxa and tubercles on metanotum and abdominal segments 1 – 9. Besides these characteristics, they can be distinguished from the other known species of the genus by the following combination of characters: B. santatereza, n. sp., glossae with two bladelike setae, one pectinate and one nonpectinate, and dorsal edge of femora with five to seven clavate setae, nearly one half the length of long, fine setae; B. liviae, n. sp., glossae with one pectinate bladelike setae, dorsal edge of femora often with 6 to 8 clavate setae, nearly the length of long fine setae, besides body color pattern and body length.
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