A exposição diária ao medo da violência e a busca de privacidade têm contribuído para o processo de segregação urbana. Intensificam-se, no Brasil, soluções individuais para problemas coletivos. Pela literatura, observamos que a desertificação do espaço urbano é um dos fatores-chave da percepção da sensação de insegurança, pois o espaço perde a atratividade e pessoas atraem pessoas, o que gera a tão desejada vitalidade urbana. Quando a arquitetura se reveste de formas limitadoras – visuais, físicas e sociais – essa arquitetura é hostil. O objetivo desse artigo é discutir como a arquitetura hostil tem se instituído como elemento ativo na retroalimentação da percepção da sensação de insegurança urbana, na medida em que limita e condiciona a experiência do espaço urbano entre iguais e produz “extramuros”, espaços áridos, impermeáveis, desproporcionais à escala humana. Para pesquisa foi estudado o bairro do Espinheiro, na cidade do Recife, pois foi o bairro que mais verticalizou na cidade dentro do recorte de estudo, sendo modificador do padrão da habitação e da forma de habitar. Percebemos que a arquitetura promovida pelo mercado imobiliário não caminha na direção estabelecer relações que acolham o indivíduo. Cada dia mais edificamos barreira no espaço urbano. Os indivíduos vêm ao longo das últimas décadas buscando uma proteção individualista, o que reflete uma perda de urbanidade, ou seja, as características inerentes da arquitetura levam para uma urbanização privatizada, centrada em homogêneos.
O presente artigo têm como intuito apresentar, através de uma abordagem sócio-histórica, a produção da hegemonia proibicionista no campo das drogas no contexto brasileiro. Mediante a análise de leis e políticas públicas que vigoraram, e vigoram, no Brasil, os movimentos de atores sociais organizados e sua inserção nas estruturas de poder são chaves para compreender as dinâmicas de fabricação de consenso que ampliou as formas de controle social das populações empobrecidas pelo capital. Esta evolução histórica sinaliza para a atual conformação das frentes parlamentares como sujeitos protagonistas que, em um contexto de crise da democracia representativa e ascenso de uma conjuntura de moral religiosa, atende a demandas pontuais que fortalecem o sistema de justiça criminal e de saúde pública de forma mais punitiva e mais repressiva.Palavras-Chave: Hegemonia. Proibicionismo. Drogas. Políticas Públicas. Lei de Drogas.
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