O artigo destaca trajetórias intelectuais, atividades de pesquisa, docência e relações de poder entre professoras da área de sociologia da USP nas décadas de 1940 a 1960. É um estudo a respeito de intelectuais, procurando compreender como estavam interligados os processos de institucionalização da disciplina de sociologia, relações de poder em geral, a licenciatura na Universidade e o ensino da época (contribuições dessas professoras, teorias preferidas, inovações etc.), tudo isso dentro do regime de Cátedras vigente. O texto é produto de consulta a biografias, correspondências e realização de entrevistas. A pesquisa propõe análises a partir de conceitos e obras de Teóricos como Weber, Mannheim, Bourdieu e Elias.
LOPES, M.A. 2015. Palavras molhadas e escorregantes: origens clássicas e tradição moderna da retórica política. Londrina, Eduel, 132 p.Lendo Palavras molhadas e escorregantes, percebemos a retórica como uma espécie de narrativa em seu estado de arte. Eis uma máxima que somos instados a desenvolver com a leitura do livro. Inicialmente, a obra merece duas leituras: a primeira, leve e descompromissada, com o intuito de ir "bebendo" as palavras (posto que estas vêm "molhadas"), tendo o cuidado para que não escorreguemos em suas sinuosidades. Ler com liberdade e emoção, portanto, é esse primeiro nível de leitura. Em um plano complementar aderente ao anterior vem o deleite da razão: a leitura saboreada com as lentes da refl exão atenta.Modestamente até, Lopes se arvora no papel de expor uma análise das transformações nas concepções da arte retórica fundeada em perspectiva histórica. Injustiça: o livro se mostra a "pedra de afi ar de Isócrates", o grande mestre da eloquência, que, desprovido de voz possante, tornava os discípulos magistrais discursadores. O pequeno livro, nesse formato, já é uma dessas pedras.A obra é uma condensação das refl exões do autor sobre os períodos de auge da retórica (a Antiguidade clássica greco-romana e a Época Moderna, sobretudo ao longo do Renascimento), e trata também dos elos entre esses momentos de esplendor das técnicas persuasivas, para a ruína e/ou a realização do bem público. O autor mostra os altos e baixos e as formas "mais éticas" de como os tratadistas e os homens públicos fi zeram uso da retórica. Em linhas gerais, Lopes elabora um apanhado de diversas, bem escritas e enxutas formas de explicar o termo retórica. E formas essas realizadas por experts, ao longo dos séculos -porque fazer isto não é, conforme mostra o autor, tarefa de fácil realização.Quanto à estrutura, o livro está arranjado pelas seguintes unidades temá-ticas: um prefácio curto, mas que esclarece, na medida de uma apresentação de tal
Este artigo enfoca, de maneira didática, perfis e trajetórias de importantes sociólogos paulistas: Antonio Candido de Mello e Souza e Florestan Fernandes. Nosso texto pretende mostrar suas origens, características de obras, os grupos sob suas lideranças e heranças legadas. Neste artigo, pretendemos uma melhor divulgação desses grandes nomes da sociologia brasileira.
O artigo diz respeito a intelectuais ou produtores de cultura de uma média cidade brasileira do Sul (Londrina-PR), que nela desenvolveram trabalhos (de literatura, imprensa, empreendimentos culturais, educação), nas décadas de 1950 a 1970. A pesquisa trata desses intelectuais no que concerne às estratégias que manejaram para se projetar e conquistar “mercados”, sendo investigados aspectos de suas trajetórias de vida (origens sociais, formações educacionais, atuações políticas etc.). A metodologia centra-se em manusear biografias (reconstruídas a partir de livros, jornais, internet, obras acadêmicas e literárias). São utilizados como referenciais teóricos conceitos de Bourdieu, principalmente. O objetivo é verificar correspondências entre origens sociais, habitus e capitais de intelectuais com suas conquistas e produções. Procuramos ver na cultura elemento privilegiado para fornecer interpretações sociológicas sobre a vida social maior.
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