Objectives: To present the results of the implementation of a multidisciplinary approach to feeding difficulties in childhood and adolescence in a reference service. Method: The protocol was designed for outpatient patients aged from zero to 19 years old, with complaints of feeding difficulties and without psychiatric diagnoses, with signed parental consent. The protocol consists of paediatrician, speech therapist and nutritionist assessment in the same appointment, with common observation of evaluations and following multidisciplinary discussion. Diagnoses were categorized according Kerzner et al (2015), and parenting styles according to Hughes (2005). Statistical analysis was conducted via SPSS v21 through frequency distribution (%), mean ± standard deviation, Chi-square test and ANOVA. Significance level was considered at 5%. Results: Sample consisted of 56 children, 67.9% of males, most (75%) younger than 5 years old. The most frequent diagnosis was selectivity (30%). There was association between diagnoses and organic diseases in 30%. Start of complaints occurred at 18 months old. Speech-therapy alterations were detected mostly in speech (29%) and oral-motor skills (32%). Anthropometric assessment showed average normal growth patterns and average dietary assessment of protein intake derived from dairy products was above recommendations (18g/day). Conclusions: Results herein justify the presence of the multidisciplinary team in monitoring feeding difficulties in childhood and adolescence, and highlight the importance of longitudinal research nationwide.
Objectives: to review the prevalence of family meals and its impact on BMI and eating
O presente artigo relata o caso clínico de paciente de dois anos e seis meses atendida por equipe multidisciplinar. A paciente apresentou dificuldades alimentares caracterizadas por recusa alimentar, tempo prolongado das refeições, defesa sensório-oral, reflexo de vômito anteriorizado e dificuldade mastigatória. Não se alimentava sozinha, nem participava das refeições em família. Apresentava refluxo gastroesofágico, alergia a proteína do leite de vaca e tosse seguida por vômito. Não apresentou comprometimento pondero-estatural. Foi utilizado o Programa de Refeição Compartilhada. Após acompanhamento médico, a conduta de trabalho foi definida e iniciada pelo trabalho sensório-oral, seguido do trabalho com a mastigação, associados ao trabalho de orientação familiar. A paciente passou a realizar as refeições com a família e participar das rotinas sociais de alimentação. O tempo de refeição foi reduzido e a recusa alimentar eliminada. Os aspectos sensório-motores-orais melhoraram significantemente. Após a alta e reavaliação em três meses, apresentou melhora no refluxo gastro-esofágico e a medicação foi suprimida. A nutricionista iniciou a introdução de derivados do leite, com boa aceitação por parte da paciente. O programa utilizado mostrou-se eficaz para o diagnóstico e tratamento da dificuldade alimentar apresentada pela paciente. A equipe multidisciplinar foi capaz de ter uma visão ampliada da dificuldade alimentar apresentada pela paciente, compreendendo as questões motoras, orais, orgânicas e nutricionais da alimentação da criança inseridas no seu contexto familiar.
Objetivos: Identificar o perfil de consumo de leite e proteínas em crianças com dificuldades alimentares (DA), comparar a ingestão às recomendações para idade e buscar associação com padrões da DA. Métodos: Estudo transversal retrospectivo com 119 crianças entre seis meses e 14 anos (poder amostral >90%). Coletaram-se de prontuários: idade, sexo, tipo de DA, dosagens de hemoglobina e ferritina, IMC, padrão de seletividade alimentar, ingestão de macronutrientes e padrões da ingestão de leite (exceto leite materno), queixa alimentar, estilo parental materno, práticas coercivas e hábitos de autoalimentação. Utilizaram-se testes t-Student, Anova, GLM e correlação de Spearman, nível de significância menor que 5% e IC 95%. Resultados e discussão: Houve consumo proteico absoluto diário excessivo em todas as faixas etárias (p<0,024), e a maior contribuição percentual de leite para o consumo proteico total se deu abaixo de três anos (51,7% a 55%). A ingestão isolada de leite supriu de 80% a 138% das necessidades proteicas diárias (abaixo de 8 anos). Crianças com uso de suplementos lácteos tenderam para redução de consumo de alimentos não lácteos. O maior consumo proteico e de leite se associou ao perfil indulgente das mães (p=0,033) e a hábitos coercitivos (p=0,043), sem relação com as demais variáveis. Conclusões: Houve ingestão proteica excessiva e relação entre ingestão reduzida de outras fontes proteicas e uso de suplementos de base láctea. Comportamentos maternos indulgentes e coercivos foram associados ao maior consumo de leite. Reforça-se a necessidade de orientação quanto à substituição de refeições e suplementação nutricional em quadros de DA.DOI: 10.12957/demetra.2019.37449
Objective: To review current evidence on the relationship between obsessive-compulsive disorder and feeding difficulties.Methods: Review the Science Direct and PubMed databases between 2007 and 2017 in English, Portuguese and Spanish. The search terms, used in association, were “obsessive compulsive disorder” and “picky eating/feeding difficulty”. Cohort, case control and cross sectional studies were included that analyzed children, adolescents and/or adults of any sample size from any country in the world. Opinion articles were excluded.Results: Around 245 articles were selected, and only 4 were included in this review, according to previous criteria. Results from the studies essentially described that there is indeed a difference in “picky” behaviors between subjects with and without obsessive-compulsive disorder. Patients with obsessive-compulsive disorder tend to have exacerbated symptoms of disgust, anxiety and a higher eating behavior inflexibility score.Conclusions: Obsessive-compulsive disorder and feeding difficulties patients share common symptoms. The present study alerts health professionals who follow patients with feeding difficulties as to the importance of investigating possible psychiatric comorbidities.
Resumo Objetivos Investigar os fatores associados à presença de dificuldades alimentares (DAs) na infância, dentre dinâmicas de refeições e práticas parentais. Métodos Trata-se de um estudo observacional caso-controle. Para o grupo de crianças com queixas de DA, as informações foram retiradas dos prontuários dos pacientes. Para o grupo de crianças sem queixas de DA, a amostragem foi constituída por conveniência (abordagem de famílias nas unidades de pronto atendimento). As entrevistas foram baseadas em questionário estruturado e aplicado na mesma versão para grupo caso e grupo controle. Resultados O grupo caso foi composto majoritariamente por indivíduos do sexo masculino, enquanto o grupo controle apresentou-se dividido igualmente entre os gêneros. A média de idade foi menor no grupo caso quando comparado ao controle. Verificou-se menor frequência de refeições compartilhadas nas famílias de crianças com DA, especialmente por motivos de estresse, assim como maior ocorrência de refeições mais longas. Observou-se ainda maior risco de desenvolver DA em crianças que realizavam refeições em ambientes inadequados, com menor autonomia, e os cuidadores do grupo caso demonstraram maior chance de não respeitar os sinais de fome da criança, de usarem estratégias como coerção e distração durante as refeições. Conclusão O estilo autoritário foi associado à presença de DA. Práticas parentais e todos os fatores que envolvem a dinâmica das refeições devem ser avaliados e acompanhados. A dinâmica familiar e de refeições apresentou-se modificada no grupo com DA. Tais comportamentos devem ser avaliados e orientados durante o acompanhamento da queixa alimentar, pois compõem o cenário da queixa.
Introduction Feeding skills (FS) are important to child development, as the delay in their presence could suggest feeding difficulties (FD) symptoms. The aim of the present study was to compare the development of three types of FS (autonomy to eat, posture at meals, and adequate use of cutleries) among children with FD and without FD. Methods This was a case-control retrospective observational study. The sample consisted of 316 children from case and control groups in accordance with the presence (or not) of FD. The control group was recruited by convenience (verbal approaching at the emergency care unit), and the case group was based on the medical records collected at the reference center. A same-structured questionnaire was used for both groups. Results Children with FD (63.2%) used baby-bottles in an inadequate way with a higher frequency after 24 months of age. Inadequate posture at meals was observed with higher frequency in children with FD (78.1%). Children without FD (89.1%) had more autonomy to eat. In children > 18 months old, this frequency was higher (90.6%). Conclusion Children with FD showed changes on the development of FS. Inadequate posture at meals was associated with a 36-fold higher risk of having FD. Not eating alone after the age of 18 months was associated with a 6-fold higher risk of having FD, while not using baby bottles was associated with a lower risk (52%) of FD complaints. Delays in FS can be predictors of FD during childhood.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.