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O envelhecimento populacional pode ser considerado um fenômeno mundial, que vem acontecendo no Brasil de maneira rápida e progressiva (MELO et al. 2016; AZEVEDO, et al 2017; SILVA, et al. 2019; MARTINS, et al 2020). Apesar de precisar de maiores cuidados em relação à saúde, por ser um país desigual, as políticas voltadas para as necessidades da população idosa são insuficientes e não atingem a todos (DALAZEN et al. 2018; SCHROEDER, et al 2020).
O objetivo do presente estudo é analisar os serviços em saúde bucal de duas Unidades de Saúde da Família (USF), por meio dos dados coletados dos relatórios de atendimento odontológico individual. Trata-se de uma pesquisa quantitativa descritiva de corte transversal, que utilizou dados secundários, cuja fonte foi 48 relatórios de atendimento odontológico do Prontuário Eletrônico do Cidadão. Os dados foram coletados nos registros realizados entre setembro 2020 e agosto de 2021. Realizou-se uma análise quantitativa descritiva dos procedimentos odontológicos realizados e dos agravos bucais, diagnosticados de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10). As planilhas do Excel foram o instrumento de coleta. A maioria dos atendimentos foram realizados em mulheres, 71,6% na unidade 1 e 69,7% na unidade 2. A faixa etária mais atendida foi a de adultos nas duas USF, a 1 com 59,1% e a 2 com 61,9% dos atendimentos. A cárie dentária foi o agravo mais diagnosticado em ambas, sendo 71,6% na USF 1 e 83,9% na USF 2. O procedimento mais realizado foi a raspagem e alisamento, sendo a unidade 1 com 33,5% e a unidade 2 com 55,1%, já as exodontias de dentes permanentes representou 3,4% e 3,3% respectivamente. Dessa forma, o trabalho mostrou alta prevalência de cárie na população atendida, porém os dados revelaram um serviço de saúde bucal com pouco uso de procedimentos mutiladores.
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