A autora aborda no seu livro temas de extren1os interesse e relevância, notadamente a relação entre tecnologia e organização do trabalho; a infÍÚência da auton1a-ção sobre produtividade e qualidade; e as pressões da competição nacional e intt>rnacional, que con1pelem a fábrica a se adeqttar aos seus novos desafios.A anális:e baseia-se nlimâ cmnparação entre duas fá-bricas de automó.veis, urna inglesa, localizada em Dagenham, Essex, na Grã-Br:etanha, e outra, brasileira, situada em São Bernardo do Campo, na Grande São Pau-' lo. An1bas as unidades pertence1n à Ford Motor Compan y. A pe$quisa foi realizada em 1986, para elaboração da tese de doutorado da autora.O texto é dividido e~ dez capítulos. No primeiro, é passada em revista a literatura sobre o tema, citando-se os trabalhos clássicos de JoanF. Woodward e Michel Crozier. Esses representantes do "determinis1no tecnológico" argumentam que uma única forma de organiza'"" ção é mais apropriada para os requerimentos tecnológi-cos de cada estágio de desenvolvimento econômico. A escola oposta, de il determinisn1o cultural", representada por Duncan Galliee la:n rvtaitland, sustenta que a cultura nacional determina o uso da tecnologia, a organizaçã9 do trabalho e as estratégias de g,erenciamento, negando ~ existência de corr;elação entre tecnologia e trabalho. E apresentada ainda a perspectiva da moderna l/escola da regulação", que postula a existência de uma lqgica universal de trabalho, mas afirn1a que cada sociedade gera seu próprio processo de adaptação e mudança a partir cle capacidades e recursos próprios.Ainda neste prin1eiro câpítuloJ exan1ina-se outro fator preponderante que tnodifica as condições sociais de produção: o padrão dominante de produção na época, que é, hoje, o modelo japonês. O profundo impacto das práticas japonesas, dissenúnadas universalmente, tais como círculos de controle de qualidade, qualidade total, participação, células de fabricação, just in time, kan- 88Revista de Administração de Empresas ba.n, polivalência, auto-regulação, e controle estatístico do processo, é lembrado como um fator decisivo na escolha da empresa ocidentg"l por determinado tipo de organização do trabalho.A cmnpetição n?tcional e internacional é discutida nos capítulos 2 e 3. E determinante essencial da tecnologia a ser adotada, visando sobretudo à !nelhoria da qualidade e à. redução dos cUstos, pois a en1presa deve, sob ameaça de falência, impor aos seus etnpregados novas tecnologias e formas de organização do trabalho, para sobreviver, lembra-nos a autora.O Capítulo 4 focaliza as estratégias e estruturas da Ford Motor Coinpar\.y nos últhnos cinqüenta anos.No Capítulo 5,apóstecer considerações sobre as dificuldades de se efetuar comparações de produtividade entre etnpresas, descre"~ilem-se em minúcias as rnudanças introduzida § nas fábricas de Dagenham e São Bernardo, para rnodernizá-las. Semelhanças e díferênças entre as opções escolhidas, aqui e lá, nos processos de produção, setor por setor, são descritas e comentÇtdas.Os três capítulos seguintes examinan1 os siste...
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.