Resumo: Este artigo propõe uma discussão sobre a teoria da doença holandesa, seus antecedentes e as suas principais críticas. Apresenta-se o modelo estático, que demonstra os mecanismos de transmissão da doença holandesa para a economia. Expõe-se também o modelo dinâmico, baseado na teoria do crescimento endógeno e com princípios de doença holandesa, utilizado como explicação para a maldição dos recursos naturais. Por fim, evidenciam-se as principais críticas teóricas e metodológicas desses modelos.Palavras-chave: Doença holandesa. Maldição dos recursos naturais. Desenvolvimento econômico.
Abstract:In this article, we propose a discussion of the theory of Dutch disease, its history and its main criticism. We show the static model that demonstrates the transmission mechanisms of the Dutch disease for the economy. We also expose the dynamic model based on the endogenous growth theory and principles of the Dutch disease, regarded as an explanation for the resource curse hypothesis. We present the main theoretical and methodological criticism of these models.
Resumo No contexto das Cadeias Globais de Valor (CGV), este artigo tem o objetivo de demonstrar os impactos da economia chinesa no comércio internacional e na distribuição do valor adicionado (VA) mundial, no século XXI. Para isso, primeiramente, foi discutida a evolução da literatura sobre as formas de mensurar o valor do comércio que melhor reflete a dinâmica contemporânea das CGV. Em segundo lugar, foi aplicada a decomposição de Borin e Mancini (2017) nos dados da World Input_Output Database (WIOD) no período 2000-2014. O artigo contribui para a literatura ao apresentar a evolução da metodologia sobre o tema, assim como, ao demonstrar as mudanças estruturais que o crescimento chinês provocou na fragmentação produtiva em CGV e na distribuição do VA mundial em termos setoriais. Destaca-se, ainda, que os dados convergem para a literatura prévia, que sugere um reequilíbrio do crescimento chinês e um processo substituição de importações do país.
O objetivo deste trabalho é apresentar a interpretação de Celso Furtado e de Ignácio Rangel quanto ao dualismo da estrutura socioeconômica brasileira. Para os dois autores a coexistência entre um setor arcaico com outro moderno, tem uma dimensão histórica. Apesar da similaridade conceitual entre os autores, há algumas especificidades na interpretação de cada um deles, principalmente quanto à evolução deste sistema dual e à forma como se relacionam os polos arcaico e moderno. Este artigo também objetiva discutir as críticas à abordagem dualista, tecidas, entre outros, por Maria Sylvia de Carvalho Franco, Fernando Henrique Cardoso, Enzo Faletto e Francisco de Oliveira. O principal argumento de Oliveira e de Franco para o seu “anti-dualismo” é a ideia de que o setor arcaico não seria entrave ao desenvolvimento do setor moderno. Já as contribuições mais relevantes de Cardoso e Faletto nessa discussão remetem a omissão dos condicionantes políticos e sociais no processo de desenvolvimento.
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