As proletárias saint-simonianas, tal como se autodenominavam, são autoras de uma parte importante do legado de Saint-Simon (Claude-Henri de Rouvroy, comte de Saint Simon, 1760-1825) e do saint-simonismo. No entanto, seu legado sofreu uma verdadeira indiferença ou mesmo supressão durante o século XIX, em particular os escritos de Clare Demar, demonizada como “mulher livre”, "mulher monstro”, “venenosa”. O primeiro estudo consagrado às mulheres saint-simonianas, em especial às proletárias saint-simonianas que criram o periódico La femme libre (1832-1834) foi publicado em 1926, pela socióloga Marguerite Thibert. Sua obra, ainda atual, se intituta Le féminisme dans le socialisme français de 1830 à 1850. Neste artigo nos desbruçaremos sobre seus escritos, em particular aos de Claire Demar e Suzanne Voilquin. Buscaremos abordar a diversidade interna das “proletárias”, apresentar seus escritos e propor uma leitura focada na modernidade do ponto de vista de um feminismo que interdita qualquer abordagem linear da história do feminismo.
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