Este trabalho é inédito e discorre sobre o instrumento water-gong no contexto da música de concerto Ocidental. De abordagem qualitativa, nossa metodologia baseou-se em pesquisa bibliográfica, uma extensa busca por obras musicais (partituras) compostas relativas ao tema, além da captação em áudio e análise espectral de gongos selecionados variando sua exploração tímbrica em contato com a água. Foram utilizados softwares atualizados para as análises, gerando sonogramas, gráficos e tabelas que permitiram diferenciar as qualidades espectrais de cada gongo analisado. Destacamos o provimento de informações referentes à qualidade sonora dos gongos em relação à sua performance na água; geração de tabelas ilustrando boa parte da produção mundial referente a obras do repertório percussivo utiliza água; contribuição para a escassa bibliografia existente sobre o assunto
Ao nos depararmos com o repertório percussivo que contempla obras com o instrumento crotales percebemos que, em muitos casos, as possibilidades de sua expressividade musical não são de todo exploradas. Um desses fatores se deve a falta de implementação do uso do pedal para gerar fraseados distintos com os crotales. Ao revisarmos mecanismos de abafamento desse instrumento foi observado que os mesmos apenas atendem a marcas específicas, limitando a sua utilização. Acreditando tratar-se esse um fator determinante para que compositores e intérpretes não façam uso desse artificio, propomos aqui o desenvolvimento e construção de um protótipo abafador de crotales universal, capaz de atender a qualquer modelo no mercado. Além de revisão sobre obras musicais foram também visitados depósitos de patentes. O projeto contou com uma equipe multidiscplinar, utilizando softwares de design e prototipagem rápida, dando origem ao Sistema de Abafamento de Crotales por Pedal - SACRO-2020. Esperamos contribuir para a comunidade musical, proporcionando um sistema que possa ser utilizado por qualquer local/performer que possua crotales.
Este artigo apresenta duas reflexões sobre Rebonds (1987-1989) e Okho (1989), obras emblemáticas de Iannis Xenakis. A perpetuação do mito do impossível como traço poético desse compositor é a principal justificativa para as práticas de simplificação e autoindulgência da comunidade percussiva em suas peças. Rebonds levou a uma reflexão mais direta sobre soluções técnicas para desafios no texto musical: a dupla apojatura (drag) e os rulos nas lâminas de madeira. Em Okho, demonstrou-se o processo dinâmico de busca de timbres no djembé, observando a tensão do que foi chamado de ‘transplante’ de material composicional de uma peça escrita para ser executada com baquetas (Rebonds) para uma executada com mãos livres. Tendo como referências bibliográficas Irlandini (2020), Solomos (1996), Soteriou (2011) e Stasi (2011), o objetivo principal deste artigo é apresentar possibilidades de soluções para performance de trechos de obras para percussão de Xenakis que suscitem a noção de ‘impossível’.
O repertório escrito para percussão requer, em diversas obras, a exploração sonora de placas metálicas em contato com a água. Para isso, o percussionista forçosamente precisa utilizar uma das mãos como forma de controlar a submersão e emersão do instrumento em água, limitando os meios de execução de toques. Restrições de dimensões/peso do instrumento e de explorações sonoras, stress muscular/risco de lesões e qualidade da performance são alguns dos problemas encontrados nesse sentido. Utilizando como referência pesquisas sobre patentes e marcas registradas, bem como o uso de softwares para o desenvolvimento de projetos em 3D, desenvolvemos o Sistema de Controle por Pedal de Placa Metálicas, mecanismo que permite ao percussionista controlar com os pés a submersão e emersão das placas metálicas em contato com a água, deixando assim as duas mãos 'livres' para a realização das explorações sonoras. Pretende-se assim contribuir para o melhoramento da performance percussiva bem como abrir novos caminhos para a composição e interpretação de obras inéditas para percussão que utilizem a água como fonte sonora e de exploração tímbrica.
O repertório escrito para percussão requer, em diversas obras, a exploração sonora da caixa-clara através do ato de ‘ligar’ e ‘desligar’ a esteira. Não poucas vezes, essas ações exigem do performer de forma concomitante velocidade, sutileza e precisão o que acaba, pela dificuldade em se combinar esses pontos, trazendo prejuízos à performance (ruídos indesejados, gestos exagerados, oscilação do pulso etc.). Visando auxiliar o percussionista, propomos aqui um mecanismo que permite o controle de ativação da esteira de caixa através dos pés, resguardando assim as mãos para a performance. Através de uma revisão de repertório apontamos algumas obras que onde esse problema é recorrente. Revisamos também patentes e marcas registradas sobre automáticos e mecanismos de esteira. Para o desenvolvimento do projeto utilizamos softwares de design em 3D. Pretende-se assim contribuir para o melhoramento da performance percussiva bem como abrir novos caminhos para a composição e interpretação de obras inéditas que incluam a caixa-clara em seu instrumental.
Observando obras diversas referente ao repertório percussivo (quer seja a solo, de câmara ou até mesmo sinfônica) percebemos que, em muitos casos, a impossibilidade de troca de baquetas em certos trechos musicais que envolvem montagens de percussão múltipla compromete a sonoridade de determinados instrumentos. Ao realizarmos um estudo sobre patentes e marcas registradas a respeito de sistemas de baquetas que permitem tocar pequenos instrumentos suspensos sem a necessidade de segurar os instrumentos e suas baquetas específicas, foi possível vislumbrarmos melhorias e ideias inovadoras para esse tipo de performance. Utilizando softwares licenciados para projetos em 3D, desenvolvemos e construímos o Sistema de Baquetas para Pequenos Instrumentos Suspensos - SIBAPIS2020. Tratando-se de um sistema com funcionalidades melhoradas e ampliadas em relação ao já existente no mercado, pretendemos contribuir para o melhoramento da performance percussiva, particularmente no contexto de pequenos instrumentos inseridos em montagens de percussão múltipla.
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