INTRODUÇÃOO manejo agrícola é sustentável somente quando a qualidade dos recursos solo, ar e água é mantida ou melhorada, e, no caso do solo, a qualidade depende da manutenção e melhoria de seus atributos físicos, químicos e biológicos, bem como de sua contínua capacidade de produzir alimentos e fibras (Doran & Parkin 1994).Os solos sob Cerrado, no Brasil, em geral, apresentam condições físicas favoráveis à agricul-
ABSTRACT RESUMOtura e vêm sendo, gradativamente, explorados com culturas anuais, pastagens e, mais recentemente, reflorestamentos. A mudança da vegetação natural para sistema de exploração agropecuária provoca alterações profundas nos atributos do solo. Quando uma área de vegetação nativa de Cerrado, por exemplo, é convertida em pastagem, ou área de cultivo de grãos, os atributos químicos e microbiológicos do solo são alterados (Costa et al. 2006, Carneiro et al. 2009).
A produção mundial de arroz (Oryza sativa L.), atualmente, é de 421 milhões de toneladas anuais. O Brasil é considerado o maior consumidor ocidental de arroz, com consumo estimado em 13 milhões de toneladas ano -1 e produção anual de 11,3 milhões de toneladas (Conab 2008), em todo o território nacional. A produção de arroz, no Mato Grosso do Sul, foi estimada em 145,4 mil toneladas, para a safra 2009/2010, ocupando área de 26,5 mil hectares (Conab 2010).
Trabalhos de pesquisa no Brasil e em outros países, com a utilização de silicato de cálcio, vem mostrando resultados promissores na cultura da cana- de- açúcar. Este trabalho objetivou avaliar o efeito residual da aplicação do silicato de cálcio como material corretivo de acidez do solo, nos atributos químicos do solo e na produtividade da primeira soqueira de cana-de-açúcar. O trabalho foi desenvolvido, em condições de campo, na Fazenda Escola da Anhanguera de Dourados-MS, com a variedade SB803250. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos de doses distintas de silicato de cálcio (0, 700, 1400, 2800, 5600 kg ha-1). No solo, a amostragem foi realizada aos 24 meses após a aplicação do silicato de cálcio, nas camadas de 0-0,2- e 0,20-0,40 m de profundidade, determinando os atributos químicos para fins de fertilidade do solo e a produtividade da cana-soca. O silicato de cálcio promoveu efeito residual benéfico nos atributos de acidez do solo após 24 meses da aplicação. A aplicação do silicato de cálcio, em pré-plantio, promoveu efeito residual positivo na produtividade da soqueira da cana-de-açúcar.
The serpentinite is an alternative for the correction of soil acidity and is composed of calcium and magnesium silicate. The objective of this study was to evaluate the residual effect of the serpentinite application on soil chemical attributes and the effects on wheat crop productivity in a no-tillage system. The experimental design was a randomized block design, in a subdivided plot scheme, with four replications. The plots were constituted by serpentinite doses (0, 2, 4, 8 and 16 Mg ha-1) and in the subplots the soil collection layers (0.0-0.10 and 0.10-0.20 m). The chemical attributes of the soil evaluated at 41 months after the application of serpentinite, presented favorable results of the residual power of this corrective. The main results observed are related to the increase of pH, decrease of aluminum content and potential acidity, and increase of Ca, Mg and Si contents, cation exchange capacity (CTC) and base saturation. The residual of the serpentinite in the soil contributed with an improvement in the chemical attributes of the soil, which favored the increase of the dry mass, number of spikes and yield of the wheat crop.
A busca por uma alternativa social, ambiental e economicamente mais vantajosa às fontes convencionais de nutrientes torna especialmente importante o estudo do potencial de rochas silicatadas para o emprego na agricultura. O silício é considerado um elemento benéfico para várias culturas, e o seu uso na agricultura tem se intensificado nos últimos anos. Neste sentido, objetivou-se com o estudo avaliar o potencial de uso de pós de rochas silicatadas no fornecimento de silício para o solo e para a cultura do milho. Para tal foram realizados dois experimentos, um com pó de basalto e outro com pó de serpentinito. O delineamento experimental para ambos os experimentos foi o de blocos ao acaso, distribuídos em esquema fatorial 5x2, sendo, cinco doses do pó de rocha (0, 2, 4, 8 e 16 Mg ha-1), associados ou não a bioativo, com quatro repetições. As variáveis analisadas foram o teor de silício foliar, disponibilidade de silício no solo e componentes de produção da cultura do milho. A adição de pó de basalto no solo contribuiu para a redução dos teores de silício na folha. O uso do pó de serpentinito no solo contribuiu para a elevação dos teores de Si no solo. A utilização dos pós de rochas não interferiu nos componentes de produção, nem na produtividade do milho.
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