As potencialidades das pequenas e médias empresas têm sido largamente divulgadas. E os argwnentos a favor de seu fortalecimento no cenário econômico nacional vêm sendo amplamente defendidos na forma de incentivos fiscais, de treinamento gerencial, de crédito subsidiado, e de outras medidas do gênero. Também os seus problemas vêm sendo bastante discutidos. Tem-se dado maior desta-, que à falta de capacidade e de organização empresarial dos proprietários daquelas empresas; ao seu imobilismo ou inércia na adoção de tecnologias apropriadas à sua escala de produção; e ao seu pouco acesso aos recursos financeiros e fiscais. Sem entrar no mérito da validade, ou não, das medidas de apoio propostas em face dos problemas potenciais apontados, e também sem pretender esgotar tema tão polêmico e importante no atual estágio de desenvolvimento nacional, gostaríamos de abordar alguns aspectos que julgamos da maior relevân-cia, em qualquer tratamento da pequena e média empresa, em um país com as características do Brasil, que apresenta uma estrutura índustríal bastante oligopolizada, Em primeiro lugar, é estritamente necessário ter detalhado conhecimento dos vários aspectos que caracterizam a estrutura de mercado, tanto dos fatores produtivos (capital, mão-de-obra e matéria-prima) de que elas precisam, como o de colocação final de seus produtos. Como pode ser visto pelo diagrama, dependendo do setor, as possibilidades de crescimento da pequena e mé-dia empresa são bastante limitadas, devido à sua posição diante da grande empresa. As pequenas e médias empresas -concorrentes, suplementares ou complementares das grandes empresas -encontram na aquisição de maté-rias-primas estratégicas, na contratação de mão-de-obra especializada, de obtenção de crédito subsidiado e de máquinas e equipamentos, condições bastante desfavorá-veis devido à forte concorrência dessas grandes empresas, que agem de forma bastante cartelizada (figura 1).Na outra ponta do mercado -o consumidor de produtos da pequena e média empresa -vamos encontrar, novamente, a atuação das grandes empresas, organizadas de modo cartelizado e funcionando como verdadeiros olígopsôníos na fixação de preços para os produtos por elas demandados às pequenas e médias empresas. Salíen-ta-se aqui a não-efetividade de qualquer medida de apoio Rev. Adm. Emp., à pequena e média empresa ao estilo dê incentivos fiscais e credítfcíos, já que tais estímulos serão fatalmente repassados para a grande empresa oligopolista em um ou dois segmentos do mercado.Como estes recursos -crédito subsidiado e incentivos fiscais -são escassos e envolvem significativos custos sociais, algumas medidas paralelas e complementares se tornam necessárias para que o objetivo "fortalecimento da pequena e média empresa" seja alcançado. Entre elas, sugerimos a criação de centrais de formação de estoques de equipamentos e de matérias-primas afins a cada ramo, em que predominam as peauenas e médias empresas, que teriam a fínalídade de evitar distorções nos preços impostos pela grande empresa fornecedora, dado a estrutur...
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