Neste artigo investigo a primeira publicação de Lobato. N’O Saci-Pererê: resultado de um inquérito tento perceber elementos do que poderia ser denominado de uma metafísica política do personagem.
1 rESumo: No presente ensaio, procuro estabelecer afinidade de leitura entre a tradição cética e a dialética, por intermédio do conceito de crítica. PAlAvrAS-cHAvE:Lukács. Ceticismo. Dialética. iSe tudo for muito rápido, aceitarmos a diferença entre o ceticismo e a dialética seria comum e imperioso, mais ainda, haveria inultrapassável abismo entre essas duas formas de pensar. As relações seriam instrumentais, quase diplomáticas, o cético teria apenas tratamento, a oferecer ao adoecido dialético, e esse tão somente uma relação instrumental com aquele, como passo anterior, ou renovador, da sua própria trajetória. Os rebatimentos históricos seriam, grosso modo, a recepção mais intensa do ceticismo pela filosofia analítica, e sua suposta concisão vocabular, e a dialética pela filosofia continental, e sua paciência com o conceito, aprofundando a distância. Mas parece que não é nada disso. Se atentássemos um pouco mais, não demoraríamos por admitir a pouca credibilidade de uma separação verdadeira. No mais das vezes, trata-se de uma forma de escolher, por espelhamento, como queremos nos expressar e o tipo de leitura que apreciamos fazer, ou de antecipar os livros de filosofia que detestamos, sem ler. No ensaio, como gênero da escrita filosófica, a conversa é completamente outra. Ele é uma terra pertencente a céticos e dialéticos e que precisa ser compartilhada. A hipótese de dois estados aqui parece absurda de todo. Trata-se de um lugar que precisa ser compartilhado de sorte a não sabermos mais quem é quem. O remetimento às origens precisaria ser feito de modo delicado, para não se tornar um ardil para impedir tal forma misturada.
IntroduçãoNo Fédon de Platão, o tema da morte é um problema central. O confronto entre Símias e Só-crates dá-se no sentido de localizar a morte. Localizada no corpo, a morte é a tensão de elementos desarmônicos, os quais são harmonizados pela vida. Esta é a posição de Símias. Na alma, onde Sócrates a localiza, a morte deve ser enfrentada pela capacidade de não ser temida. Por certo, bem relacionar o medo da morte com a atividade filosófica naturaliza a capacidade do filósofo de pensar diante do abismo. E essa é uma boa coisa.De alguma forma, o risco de morte pelos efeitos da enunciação sempre esteve presente nas relações entre a filosofia e a experiência. Entretanto, a autenticidade, estando ligada à dimensão consciente desse risco, como nos lembra Montaigne, parece colocar o problema da morte em outras bases.No contexto grego, a coragem diante da morte depende de certa evidência da ordenação intrínse-ca do mundo, independendo isto da localização da morte. Em outras circunstâncias, a coragem do conceito diante da morte passa a assumir um risco muito maior. Isto porque se a ordenação não está garantida, como ocorre entre os gregos, a coragem diante da morte desafia a constituição mesma do mundo.Parece que esse é um dos temas do ceticismo. Da mesma forma, parece que esse tema possui um veículo, o ensaio, como se outro gênero não fosse capaz de suportar o vínculo entre (1) a falta de
This is the course we intend to follow: to put together the specific features of sceptical seduction and see the means it employs as well as, when possible, pointing out the changes in direction made by the sceptical tradition. At the same time, we believe that this kind of seduction can have possible political implications when it is compared with the immorality caused by dogmatic seduction. By this is meant that we seek to show that the kind of seduction exercised by sceptics appears to us to be better than that practised by dogmatists, especially with regard to its effects on political life. Setting out from the factors outlined here, we seek to show that the kind of seduction practised by dogmatists tends to lack any sense of responsibility towards the seduced through the protection granted to the seducer who is regarded as better or even superior in the way that the cruelty of the seduction is concealed. It seems to us that the seduction practised by the sceptic maintains an explicit form of cruelty and thus does not bring about the effects of immorality on people's lives.
Resumo: A proposta deste artigo é apresentar abordagem sobre os principais temas da obra de maturidade tardia de Lukács, o Prolegômenos para uma Ontologia Social. Para isso destacamos a reflexão sobre ontologia e dramaturgia social. A preocupação de Lukács é o ser social, deslocamo-la para a experiência política. De forma a perceber a ontologia política enquanto reflexão aberta a partir da inconsistência da dramaturgia, principalmente tal como pressuposta na ideia de representação política. Para tanto, o ceticismo é tematizado em problemas específicos.
In this article I examine the first publication by Monteiro Lobato. In conducting an analysis of O Saci-Pererê: resultado de um inquérito [Saci-Pererê ( a black, pipe-smoking one-legged character from Brazilian folklore): the result of an inquiry] I seek to discern the features of what can be described as the political metaphysics of character, by entering into a dialogue with the ideas of Freud. My aim is to set out from a private standpoint to understand Brazil, and perhaps by conducting a more comprehensive research, to establish the connecting links between Monteiro Lobato, Mario Peixoto, Lúcio Cardoso and Mario Pedrosa. What these writers have in common is their expressed views on the problem of cruelty which can be addressed in psychoanalytical terms and rejects the traditional ways in which this problem was addressed, which simply involved making substantive alterations to the prevailing status quo. Keywords: Lobato, Saci, Freud, political metaphysics of character.resumo: Neste artigo, investigo a primeira publicação de Lobato. Em O Saci-Pererê: resultado de um inquérito percebo elementos do que poderia ser denominada uma metafísica política do personagem, em diálogo com o pensamento do Freud. Quero indicar o início de pesquisa de uma linha intimista no modo de pensar o Brasil, que ligará realizações distintas, tais como as de certo pensamento de Lobato, Mario Peixoto, Lúcio Cardoso e Mario Pedrosa. A intuição é que disponibilizam uma forma de pensar a crueldade que pode ser lida psicanaliticamente e que suspende a velha forma de com ela lidar pelo encobrimento, apenas pela alteração substantiva de um estado de coisas. palavras-chave: Lobato, Saci, Freud, metafísica política do personagem.
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