A bacia do rio Doce, quinta maior do estado de Minas Gerais, mostra-se bastante degradada com impactos diretos na vegetação, no solo, na biodiversidade e na qualidade das águas. Sabendo-se da importância da bacia em questão, a utilização de bioindicadores aquáticos representa uma das formas mais modernas para se detectar níveis diferenciados de carga orgânica, sendo premente seu estudo e aplicação. Este trabalho propõe a utilização de organismos microscópicos como o fitoplâncton que, aliados a parâmetros físico-químicos, poderiam indicar poluição em seus diferentes níveis. A metodologia utilizada foi estabelecida conforme Sladecek (1973) e Greenberg (1992). Foram amostradas sete estações de coleta no ribeirão Capim, na área de influência de uma empresa de papéis reciclados, objetivando-se detectar possíveis impactos na cadeia trófica. As análises mostraram a ocorrência de 41 taxa, destacando-se a predominância dos gêneros Oscylatoria a Anacystis pertencentes à divisão Cyanophyta nos ambientes de maior estresse, e organismos da divisão Chlorophyta nos demais ambientes amostrados. Observou-se ainda a capacidade de adaptação de alguns gêneros, entre eles Euglena e Navicula, os quais se fizeram presentes em quase todos os ambientes amostrados.
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