Este artigo origina-se de uma pesquisa qualitativa que analisou representações sociais relacionadas ao direito à saúde de usuários de dois serviços de saúde mental: um constituído e funcionando com participação de usuários e familiares e outro sem essa participação, visando conhecê-las não apenas vinculadas à consciência do direito à saúde, mas também a fatores associados, como: participação popular, o processo de adoecimento; o atendimento público de saúde, percepção da capacidade de intervenção social, e concepções sobre o Estado. As representações sociais encontradas associadas ao direito à saúde implicam expectativas de que o sistema de saúde e o Estado cumpram funções de acolhimento e amparo. Os usuários do serviço sem participação popular tendem a ser mais conformados e pessimistas. O grupo com participação popular vê o serviço que construiu como possuidor das características negadas pelo sistema oficial e percebe como possível a ação reivindicativa, podendo ser um foco alternativo na formação de novas representações sociais.
Não me lembro de ter atendido alguém sem que o encontro tenha sido precedido por uma sensação de angústia abalada da pergunta: – Serei capaz de atendê-lo? Para o Dr. Carlos Grossman, médico e paciente estão em relação simétrica. O paciente tem medo de ter uma doença grave e não ser salvo. O médico, de não salvar o paciente que tem uma doença grave. [...]
Resenha do livro: FRANCISCHELLI, Leonardo Adalberto. Amanhã Psicanálise! O trabalho de colocar o tratamento no paciente. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007.
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