O ácaro Brevipalpus phoenicis, vetor da leprose dos citros, é uma espécie polífaga que tem ampla gama de hospedeiros alternativos nos pomares cítricos, nos quais se pode manter e/ou incrementar suas populações. O objetivo deste trabalho foi estudar a sobrevivência, a oviposição e o modo de alimentação do ácaro B. phoenicis em plantas de buva (Conyza canadensis) com diferentes tamanhos. Para avaliação da sobrevivência e oviposição do ácaro B. phoenicis, foi utilizado o delineamento estatístico inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e doze repetições. Os tratamentos estudados foram: (1) secções de caules de plantas menores que 20 cm, (2) entre 21 e 50 cm, (3) entre 51 e 100 cm e (4) maiores que 101 cm de altura; e (5) secções de ramos de laranja. Dez fêmeas adultas de B. phoenicis, procedentes de uma criação-estoque, foram transferidas para cada secção de caule de buva e ramos de citros como testemunha. Avaliou-se a sobrevivência e a oviposição dos ácaros até 120 horas após a transferência. Alguns aspectos comportamentais do ácaro B. phoenicis foram fotomicrografados, utilizando-se microscópico eletrônico de varredura. Verificou-se que as plantas de maior altura de buva foram mais favoráveis à sobrevivência do ácaro B. phoenicis do que as de menor tamanho. Contudo, a quantidade de ovos postos pelo ácaro não diferiu em relação à altura das plantas de buva. Com base nas fotomicrografias, constatou-se a preferência do ácaro B. phoenicis por se alimentar na base dos tricomas presentes na superfície do caule da planta de buva, justificado, possivelmente, pela maior turgescência das células encontradas nessa região da planta. Esses resultados reforçam a importância do manejo de buva nos pomares cítricos, pois a sua presença no campo pode favorecer a sobrevivência e o desenvolvimento do ácaro B. phoenicis, servindo, portanto, como hospedeira alternativa, o que pode contribuir para a disseminação do ácaro e, consequentemente, da leprose nos pomares cítricos.
Este trabalho foi realizado em condições de campo no município de Capão do Leão, RS, para avaliar o efeito de três épocas de diferimento (22.01; 25.02 e 25.03.86) e quatro épocas de corte (22.04; 20.05; 17.06 e 15.07.86), sobre a produção e qualidade da forragem do capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.) cv. Vruckwona. Utilizou-se o delineamento experimental de blocos ao acaso com parcelas divididas em quatro repetições, sendo parcelas épocas de diferimento e as subparcelas épocas de corte. As produções de matéria seca (MS) e proteína bruta (PB) mostraram diferenças significativas em função das épocas de diferimento e de cortes. O diferimento de janeiro apresentou maior quantidade de MS e PB, respectivamente, 8434 e 318kg/ha, como média das épocas de corte. Os diferimentos de fevereiro e março não apresentaram diferença significativa na quantidade de MS e PB. Os valores médios encontrados foram respectivamente, 2112 de MS e 147 de PB (kg/ha), como média das épocas de corte. O diferimento de janeiro apresentou valores médios de 3,8% e 44,1%, para PB e digestibilidade de MS (DMS). O diferimento de fevereiro apresentou valores médios de 6,3 e 46,7 para PB e DMS, respectivamente. O diferimento de março mostrou valores médios de 9,1 e 50,7 para PB e DMS, respectivamente. Nos diferimentos de fevereiro e março os valores da percentagem de PB e DMS foram mais altos nas duas primeiras épocas de corte do que nas últimas. A partir de cada época de diferimento as produções de MS e PB foram crescentes da primeira à última época de corte. O efeito da época de diferimento foi mais decisivo na produção e qualidade da forragem do que as épocas de corte. O diferimento no terço inicial do verão origina alta produção de forragem mas com baixa qualidade. O diferimento no terço final do verão origina menor quantidade de forragem mas com melhor qualidade.
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