O seguro agrícola comercializado no Brasil usa como parâmetro a produtividade agrícola média municipal dos últimos quatro ou cinco anos para se determinar a produtividade garantida. Diversos pesquisadores consideram que usar um modelo probabilístico para a distribuição de produtividade agrícola é uma metodologia mais adequada para a precificação de risco. Este estudo propõe a distribuição normal-assimétrica como uma alternativa à distribuição normal para modelar a distribuição da produtividade agrícola no Brasil. Foram analisadas séries de produtividade de milho, no período de 1981 a 2007, em 30 municípios do Paraná. A distribuição normal-assimétrica apresentou melhores ajustes do que a distribuição normal para a grande maioria dos municípios e, consequentemente, acarretou melhores estimativas para o pagamento esperado do seguro agrícola.
Este artigo tem como objetivo compreender aspectos das dimensões institucional e religiosa do racismo que se manifesta em comunidadesquilombolas no Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste brasileiro. Como estratégia metodológica, realizou-se uma pesquisa de abordagem qualitativa, na qual foram realizados processos de observação participante, diálogos e interações com quilombolas de sete comunidades localizadas no Mato Grosso do Sul. De um modo geral, foi possível constatar que as manifestações de racismo institucional e religioso fazem com que as comunidades quilombolas sejam espaços de significativa precariedade, nos quais os sujeitos aquilombados subsistem, sem que consigam acessar um conjunto de serviços públicos básicos, além de serem compulsoriamente impelidos a renunciar elementos de sua história, cultura e até de sua subjetividade. Sem a pretensão de esgotar a temática, o artigo traz, nas considerações finais, algumas problematizações que reforçam a necessidade do engajamento no combate às manifestações de racismo na sociedade contemporânea.
O presente artigo objetiva refletir sobre a política pública do auxílio emergencial, revelando caminhos a partir dos quais tal estratégia foi capaz (ou não) de amparar os sujeitos subalternizados no contexto da pandemia de Covid-19 no Brasil. Em suma, o auxílio emergencial representa uma quantia mensal, em dinheiro, destinada a pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica, com renda familiar inferior a ½ salário-mínimo por pessoa. De um modo geral, foi possível perceber, ao longo das reflexões deste artigo, que o auxílio emergencial foi importante para que não houvesse quedas mais substanciais nos níveis médios de renda das pessoas, no contexto da pandemia. De todo modo, é importante ressaltar que, mesmo com a vigência do auxílio emergencial, os segmentos laborais mais precários e vulneráveis (tais como os trabalhadores autônomos e sem carteira assinada) foram aqueles que mais amargaram quedas nos seus níveis habituais de renda, o que sugere a existência de desigualdades estruturais na configuração da sociedade brasileira. Ademais, é importante destacar que certos perfis de sujeitos subalternizados tiveram muitas dificuldades para acessar o auxílio emergencial, considerando os critérios que foram definidos para a operacionalização da política pública em questão. Portanto, as reflexões deste artigo apontam para a necessidade de que as políticas públicas (o que, naturalmente, inclui a estratégia do auxílio emergencial) sejam mais sensíveis às demandas dos sujeitos subalternizados, permitindo-lhes alguma possibilidade factível de subsistir aos efeitos da pandemia de Covid-19.Palavras-chave: Políticas públicas, covid-19, sujeitos subalternizados.
Resumo: Este artigo objetiva caracterizar a implementação da política de cotas raciais em concursos públicos, instituída no Brasil por meio da Lei Federal n. 12.990/2014, que reservou 20% das vagas em certames públicos para pessoas negras. Depois de detalhar as lacunas no processo de implementação da referida política pública, o artigo sugere um conjunto de medidas para que mais pessoas negras acessem os cargos públicos e, portanto, contribuam com a necessária e urgente luta antirracista no Brasil.
Partindo do conceito de necropolítica, este artigo objetiva problematizar o modo como as políticas públicas de combate ao COVID-19 no Brasil, ao longo de 2020, influenciaram o contexto de morte dos sujeitos historicamente subalternizados no país. O foco específico das reflexões foram as medidas de estímulo ao distanciamento social, além do auxílio emergencial, consideradas políticas públicas essenciais para o enfrentamento ao COVID-19. Em suma, percebeu-se que tais políticas públicas foram implementadas no Brasil a partir de um arranjo que provocou confusão, assimetria de informações, além de aglomerações dos sujeitos historicamente invisibilizados. Portanto, concluiu-se que as políticas públicas de combate ao COVID-19 acabaram, na prática, por transmutar-se em necropolíticas que amplificaram os riscos de morte dos corpos subalternizados no Brasil, no contexto da pandemia.
Este artigo tem como objetivo apresentar o conceito de desenvolvimento de um aplicativo, denominado MOGO. Este aplicativo é focado na utilização por parte dos mototaxistas, para transporte de passageiros e entrega de pequenos volumes. O aplicativo foi inspirado em aplicativos móveis de veículos automotivos. Como não existem aplicativos com funções semelhantes a este para smartphone, surgiu a ideia de criar um. Além disso, o aplicativo também pode ser utilizado para serviço e delivery, que já existe e está em alta no mercado brasileiro. Neste artigo será detalhado o processo de desenvolvimento e das possíveis funcionalidades existentes do aplicativo em questão, levando em consideração seu objetivo e impacto no sistema de transporte público urbano.
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