O presente artigo discute as práticas holísticas e terapêuticas da chamada espiritualidade Nova Era a partir de sua relação ambígua com os valores da modernidade ocidental. Seu principal objetivo é lançar luz sobre uma prática de jejum que, a partir de uma compreensão própria de experimentação, atua no limiar controverso entre ciência e espiritualidade, procurando combinar novas sensibilidades religiosas a rigor científico. O estudo se baseia em uma etnografia desenvolvida em um retiro dedicado à iniciação na “alimentação prânica” ou “viver de luz” (um jejum de 21 dias que levaria os praticantes à possibilidade de viver permanentemente em condição de inédia ou não alimentação) combinada ao acompanhamento de redes sociais e à análise de livros e materiais que apresentam os princípios da prática. Entre os principais achados da pesquisa está a avaliação de que os modos dos praticantes de conceber a relação com o corpo implicam a emergência de novas ontologias que rompem com dicotomias clássicas do pensamento moderno ocidental, particularmente o par natureza/cultura.
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