Este artigo se propõe a apresentar um desenho de metodologia que possa ser aplicado em pesquisas oriundas do campo da Comunicação. Para isso, é necessário discutir sobre a Teoria da Argumentação (Perelman e Olbrechts-Tyteca, 2005; Breton, 1999, 2012) que é o aporte conceitual que orienta o percurso teórico-metodológico; bem como o contexto da aplicação que é a análise do processo de impeachment de Dilma Rousseff nas revistas Veja e CartaCapital. Esses dois movimentos, em conjunto, culminam na análise das estratégias argumentativas nos discursos sobre política dessas duas revistas semanais brasileiras.
Este artigo analisa a estratégia de autorreferencialidade no discurso da revista Veja sobre a prisão do ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva. Visa-se entender os efeitos de sentido presentes nas frases em que a revista escreve sobre si mesma como alguém que “investigou” e “revelou” esquemas de corrupção envolvendo o político brasileiro. Para tanto, além da teorização sobre a autorreferencialidade, com base em Schwaab e Fausto Neto, outro conceito discutido é o de jornalismo de revista, em Benetti e Scalzo. Sendo assim, esse percurso possibilita entender o jornalismo como uma instituição que, entre outras funções, cumpre a de revelação pública dos fatos.
Este artigo analisa os sentidos que os usuários do Twitter concederam à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, mais conhecida como “CPI da Covid”. A partir da coleta de 1113 tweets, confere-se dois processos metodológicos aos dados: primeiramente, eles são processados pelo software IRaMuTeQ, que apresenta uma Classificação Hierárquica Descendente (CHD) do vocabulário, indicando que as hashtags são affordances que propiciam ações técnicodiscursivas (PAVEAU, 2021); em seguida, eles são submetidos a uma análise a partir da teoria da Argumentação, que permite que seja percebido o reenquadramento da CPI como um acontecimento circense.
Este artigo analisa, a partir da teoria da argumentação (BRETON, 1999, 2012), pontos de divergência na cobertura de Veja e CartaCapital sobre o impeachment da ex-presidenta do Brasil Dilma Rousseff em 2016. Sendo assim, parte-se do conceito de ator político (BORRAT, 1989) para compreender o modo estratégico de funcionamento das mídias e da argumentação para entender a possibilidade de construção de diferentes perspectivas para um mesmo acontecimento. Como conclusão, observa-se que as revistas, compreendidas como agentes de socialização (BORRAT, 1989), empregam estratégias argumentativas como de comunidade e autoridade que reforçam suas versões sobre o que aconteceu
ResumoEste artigo analisa as matérias "Folga de 25 votos", da revista Veja, e "Sorriso da Mona Lisa", da revista CartaCapital, ambas referentes à votação do processo de impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Como referencial teórico, nos apoiamos em autores como Foucault, Bourdieu e Charaudeau que abordam o discurso e as relações de poder em sociedade. Para uma aproximação com nossos objetos, nos embasamos, principalmente, em Charaudeau que disserta sobre o discurso das mídias. A metodologia é baseada nas quatro estratégias argumentativas expostas por Breton: autoridade, enquadramento, comunidade e analogia. Como conclusão, observamos que as revistas convergem quando expõem um perfil negativo de Eduardo Cunha e impopularidade de Michel Temer, porém, diferem sobre outros participantes do processo como Dilma Rousseff e Lula.
Palavras-chaveDiscurso das mídias. Impeachment. Dilma Rousseff. Veja. CartaCapital.1 As questões abordadas neste artigo são aprofundadas em uma pesquisa de dissertação que analisa as três etapas do processo de impeachment de Dilma Rousseff.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.