RPreocupação materna primária (PMP) é um conceito winnicottiano e se refere ao estado psicológico da mãe no qual sua sensibilidade em relação ao filho torna-se exacerbada. Tem início na gestação e estende-se às primeiras semanas após o parto. O objetivo deste estudo é relatar uma investigação sobre os indicadores da PMP na gestação de mães que tiveram bebês pré-termo. Participaram do estudo quatro mães com problemas clínicos na gestação, cujas idades variaram entre 22 e 28 anos, sendo todas casadas. Os bebês não apresentaram complicações clínicas sérias. Foi utilizado um delineamento de estudo de caso coletivo para o levantamento de indicadores da PMP com base em algumas categorias. A análise de conteúdo qualitativa revelou que a possibilidade do parto pré-termo parece ter intensificado a ansiedade dessas mães que estavam em processo de desenvolvimento da PMP. Porém observou-se que, com a assimilação de sua condição de saúde e da gestação, as participantes conseguiram desenvolver bons indicadores desse estado materno.Palavras-chave: preocupação materna primária; gestação; nascimento pré-termo.
Este artigo dedica-se a refletir sobre maus-tratos e a vinculação entre a mãe e seu bebê, sendo importante destacar que uma das principais conseqüências da má formação desse vínculo são os maus-tratos. O artigo expõe uma discussão teórico/prática relacionada aos aspectos teóricos da experiência clínica de dois anos de estágio profissional de Psicologia na enfermaria de queimados, no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre. Foram estudados, durante o período, cinqüenta casos. O presente artigo descreve um dos atendimentos. O critério utilizado para a escolha foi a de que o caso é típico e oferece possibilidade de aprendizagem para o leitor. A abordagem utilizada no atendimento da díade foi a psicoterapia breve, com enfoque psicanalítico. Com base no acompanhamento desse caso clínico, pode-se concluir que a forma como a mãe atendida consegue se relacionar com o filho evidencia que a mesma se encontra incapacitada para desempenhar uma função materna adequada ao desenvolvimento da criança. Um dos fatores que contribui para isso é a história pregressa da mãe, observada durante os atendimentos psicológicos: doença mental devido a maus-tratos no passado. É importante destacar que o atendimento psicoterápico funcionou, no estudo, como um dispositivo de saúde e resgate desse vínculo. Diante desse quadro, elaborou-se uma proposta que tem como objetivo promover a saúde e/ou prevenir a doença, tanto do bebê quanto da mãe, iniciando o mais breve possível, o diagnóstico e o acompanhamento psicológico (ou psiquiátrico), que deverá ter continuidade após a internação e durante o desenvolvimento da criança.
O objetivo do presente estudo foi investigar os alcances e limites da clínica winnicottiana dos estágios primitivos, no atendimento de uma mãe primípara e sua filha nascida prematura. Foram realizados treze atendimentos durante a internação da bebê na UTI Neonatal. Foi utilizado um delineamento de estudo de caso único. O material do caso foi organizado em forma de relato clínico e revelou que a mãe encontrava-se em um estado regressivo, que com a prematuridade da filha desorganizou-se ainda mais. A desintegração por parte da mãe, não permitia que ela conseguisse lidar bem com sua filha. Os atendimentos, baseados no holding e em uma escuta sensível auxiliaram a mãe a integrar-se mais e se aproximar da filha. Evidências indicaram a importância da escuta profissional sensível e atenta ao mundo psíquico da mãe, que contribuiu para a integração psíquica do bebê prematuro.
Resumo O presente estudo investigou a experiência da maternidade de mães de bebês nascidos extremamente prematuros durante suas hospitalizações na UTI Neo. Em particular, buscou-se conhecer os sentimentos maternos relacionados a esse contexto. Participaram 18 mães cujos bebês tinham entre 25 e 28 semanas gestacionais e pesavam entre 625g e 1000g. As mães foram entrevistas 15 dias após o parto e as respostas foram examinadas por meio de análise de conteúdo qualitativa. Foram desenvolvidos três eixos, derivados das entrevistas: sentimentos sobre a UTI Neo; sentimentos sobre as manifestações do bebê; e sentimentos sobre a maternidade. Os achados revelaram uma complexidade de sentimentos maternos no contexto da UTI Neo. Porém, destacaram-se nas verbalizações maternas o investimento narcísico das mães nos seus bebês, que as levavam a se comunicar com eles a partir de pequenos gestos e expressões sensoriais, o que oportunizava, simultaneamente, a construção de um lugar simbólico para o bebê.
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