As fontes de direito canônico, produzidas entre os séculos XII e XIII, indicam que o controle e a cobrança do dízimo desempenhavam uma série de funções religiosas, políticas e sociais. Entre essas funções, destacava-se a organização política, espacial e jurisdicional das paróquias, dioceses e do próprio papado. Em um lento processo no qual o próprio conceito de jurisdição estava em formação, os dízimos tiveram papel fundamental na definição e delimitação das jurisdições eclesiásticas, principalmente em relação à jurisdição episcopal e papal. A partir de uma leitura de intertextualidade comparativa da Summa Aurea (1253) de Hostiensis com o Liber Extra (1234) e o Decretum de Graciano (c. 1140), o objetivo desse artigo é demonstrar a relação entre o discurso sobre os dízimos e a definição tanto do conceito quanto da atuação prática da jurisdição eclesiástica entre os séculos XII e XIII.
O presente trabalho consiste em um percurso histórico a partir da bibliografia especializada que busca contextualizar a história da agricultura no Brasil para então compreender o surgimento dos movimentos agroecológicos por sistemas agrícolas mais sustentáveis. Tanto as produções destinadas à exportação quanto ao comércio interno eram realizadas de forma tradicional, isso significa dizer que tratava-se de uma produção com pouco emprego tecnológico. Em 1960, ocorre uma sucessiva demanda de alimentos e outros produtos dando início, dessa forma, a um processo de modernização denominado Revolução Verde, período marcado pela modernização da agricultura, responsável por modificações pecuárias e agrícolas. A partir de então, surgiram diversos grupos contestatórios ao novo modelo de agricultura, baseada no uso de agrotóxicos e prática do desmatamento. No Brasil, um desses grupos contestatórios de destaque foi o de agricultura alternativa, incentivando posteriormente o surgimento da Agroecologia. Com o crescente número de adeptos à Agroecologia, outras correntes irmãs foram surgindo no Brasil, destacando-se a Agricultura Orgânica, Agricultura Biológica, Natural, a Permacultura e a Agricultura Biodinâmica. A crescente conscientização da sociedade, potencializada pelos movimentos agroecológicos, descortinam os problemas inerentes à agricultura dita convencional, a qual tem causado danos ambientais nem sempre mensuráveis. Há muitos entraves a serem enfrentados, um deles é quanto à diminuição do uso de agrotóxicos. Portanto, é mais do que necessário que haja mudanças políticas, mas também de cunho social, buscando ampliar a discussão sobre o agronegócio, a utilização de maquinários, agrotóxicos e adubos sintéticos na produção de alimentos.
O presente artigo pretende demonstrar como a literatura pode ser uma fonte rica para uma compreensão mais ampla das diferentes maneiras em que as relações de poder se manifestam entre homens e mulheres na Idade Média. Partindo de uma análise de obras historiográficas dos anos 1980-2000, influenciadas pelos novos rumos dos estudos de gênero e pelos movimentos feministas, analisamos a maneira como o poder foi interpretado pela historiografia no que diz respeito à chamada “história das mulheres”. Em seguida, para propor uma visão mais ampla do que significam as relações de poder, são analisados os romans de Chrétien de Troyes e de Béroul para demonstrar o potencial histórico dessas fontes e a complexidade das experiências femininas no século XII.
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