A análise funcional é a principal ferramenta que auxilia o terapeuta analítico-comportamental nas decisões de intervenções mais adequadas durante o processo terapêutico. O presente artigo teve como objetivo principal relatar as principais análises funcionais realizadas por uma terapeuta no decorrer de um atendimento em terapia analítico-comportamental infantil (TACI). Este caso retrata um processo diagnóstico de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) de uma criança de cinco anos de idade, || e foi interpretado com ênfase mais em critérios funcionais do que topográficos e foi interpretado com ênfase em critérios funcionais mais do que nos topográficos. Os comportamentos-alvo selecionados (todos sendo parte do espectro obsessivo-compulsivo), analisados funcionalmente, e com intervenções bem descritas, propunham diminuir a apresentação destes, entretanto sem a pretensão de suprimi-los completamente. Este estudo de caso permitiu verificar melhora significativa nos comportamentos-problema apresentados inicialmente pela cliente, e assim constatar a efetividade das análises realizadas e da escolha das intervenções.
A Teoria das Molduras Relacionais (Relational Frame Theory - RFT) explica a linguagem e cognição a partir do Responder Relacional Arbitrariamente Aplicável (RRAA). Um dos comportamentos passiveis de serem compreendidos a partir dessa perspectiva é a categorização hierárquica. O presente estudo teve como objetivo analisar as produções de literatura sobre molduras relacionais de hierarquia, com foco na avaliação, ensino e intervenções sobre categorização hierárquica. A partir do protocolo PRISMA, foram realizadas buscas a partir do Portal de Periódicos CAPES, e incluídos por meio de referências bibliográficas e por busca do Researchgate, publicações que atendiam aos seguintes critérios de inclusão: serem estudos empíricos relacionados à RFT e com treino relacional na moldura de hierarquia, focados em estabelecer a categorização. Um total de 15 publicações foram incluídas na revisão e foram classificadas em duas categorias: (a) Treino de Categorização Hierárquica e; (b) Outros. Os resultados da revisão demonstraram a existência de poucos estudos em molduras relacionais de hierarquias, incluído população com TEA. No entanto, foi possível atentar a eficiência dos procedimentos de ensino e foi destacada a importância de fomentar pesquisas na área, principalmente na população com TEA, com a perspectiva de aprimorar os currículos de ensino.
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