Resumo Neste artigo, analisamos a circulação de URLs desinformativas no Facebook. Nosso estudo de caso é o uso da hidroxicloroquina como cura ou profilaxia para o Covid-19. Analisamos a presença de URLs em mais de 70 mil publicações de páginas e grupos públicos no Facebook. Utilizamos a Análise de Redes Sociais para mapear a circulação das URLs em redes de páginas e grupos e a Análise de Conteúdo para identificar as fontes das informações e a presença de desinformação. Nossos resultados mostram que (1) a circulação de URLs foi polarizada, tanto no contexto de páginas, quanto grupos; (2) o conteúdo desinformativo foi utilizado para reforçar uma narrativa pró-hidroxicloroquina; e (3) os grupos deram maior visibilidade a mídias hiperpartidárias e desinformação em comparação com as páginas, e os grupos também registraram maior frequência no compartilhamento de URLs.
Neste artigo, analisamos as estratégias de apropriação do Instagram para a produção de discursos desinformativos sobre o Covid-19. O nosso estudo de caso é focado na divulgação do uso da hidroxicloroquina como tratamento para a doença. Para isso, coletamos publicações na plataforma que mencionavam o medicamento. Selecionamos as 67 publicações desinformativas com maior número de interações e utilizamos Análise de Conteúdo para identificar como a multimodalidade foi apropriada na produção discursiva e quais foram as estratégias de legitimação utilizadas nas publicações. Nossos resultados mostram diferentes apropriações para vídeos e imagens, com vídeos utilizados como evidências e imagens dependendo de níveis textuais na legenda ou em sobreposições. Entre as estratégias de legitimação, houve prevalência da categoria de autorização, em publicações que mencionavam a produção e distribuição da droga e a sua inclusão em protocolos de tratamento da doença. A avaliação moral foi a segunda categoria mais utilizada, apropriada para a crítica a atores políticos. Mitopoesia, que tratava de casos de pessoas recuperadas que utilizaram hidroxicloroquina, e racionalização, que dava destaque a estudos que supostamente comprovavam a eficácia do medicamento, foram categorias menos comuns. PALAVRAS-CHAVE: Covid-19; desinformação; Instagram; multimodalidade, plataforma.
Neste artigo, analisamos a circulação de URLs desinformativas no Facebook. Nosso estudo de caso é o uso da hidroxicloroquina como cura ou profilaxia para o Covid-19. Analisamos a presença de URLs em mais de 70 mil publicações de páginas e grupos públicos no Facebook. Utilizamos a Análise de Redes Sociais para mapear a circulação das URLs em redes de páginas e grupos e a Análise de Conteúdo para identificar as fontes das informações e a presença de desinformação. Nossos resultados mostram que (1) a circulação de URLs foi polarizada, tanto no contexto de páginas, quanto grupos; (2) o conteúdo desinformativo foi utilizado para reforçar uma narrativa pró-hidroxicloroquina; e (3) os grupos deram maior visibilidade a mídias hiperpartidárias e desinformação em comparação com as páginas, os grupos também registraram maior frequência no compartilhamento de URLs.
Este artigo analisa a relação entre o ativismo LGBT brasileiro e os usos da internet, especificamente no âmbito das tensões e conflitos travados com a mídia tradicional. Através da observação de quatro plataformas digitais voltadas ao ativismo pró-LGBT e de entrevistas realizadas com os/as ativistas responsáveis, buscamos contribuir para o debate acerca do impacto desses espaços de comunicação online nas ações do ativismo LGBT. O uso criativo da internet possibilita que ativistas disputem narrativas compensando o fluxo unilateral de informação próprio da mídia tradicional, sobretudo em termos de visibilidade, diversidade de representações, estratégias de diálogo e busca por reconhecimento.
In this study, we address how YouTube videos promote misinformation about the unproven drugs for Covid-19 hydroxychloroquine and chloroquine in Brazil. Furthermore, we explore how YouTube’s recommendation system might fuel information crises. We follow two research questions. RQ1: How is pro-hydroxychloroquine content propagated on YouTube? RQ2: How does YouTube’s recommendation system suggest videos about hydroxychloroquine on the platform? We use mixed methods to explore a dataset of 751 videos collected via the YouTube API v3. We use content analysis to categorize the videos according to the content and the type of channel. We use social network analysis to explore a network based on YouTube’s recommendation of videos. We found that the majority of pro-HCQ YouTube videos in our dataset are posted by the mainstream media, most of which reproduce content from free-to-air television channels (RQ1). We also identified a tendency of homophily in the recommendations among pro-HCQ videos and that YouTube was more likely to recommend pro-HCQ videos than anti-HCQ videos (RQ2). The main contribution of our study is the identification of how the Brazilian mainstream media and YouTube’s algorithms fueled the spread of pro-HCQ content.
- In this study, we address how YouTube videos promote misinformation about hydroxychloroquine in Brazil. We follow two research questions. RQ1: How is pro-hydroxychloroquine content propagated on YouTube? RQ2: How does YouTube’s recommendation system suggest videos about hydroxychloroquine on the platform? We use mixed methods (content analysis and social network analysis) to analyze 751 YouTube videos. We found that most pro-HCQ videos in our dataset are posted by mainstream media channels (RQ1) and that YouTube was more likely to recommend pro-HCQ videos than anti-HCQ videos (RQ2). Consequently, the Brazilian mainstream media and YouTube’s algorithms fueled the spread of pro-HCQ content. RESUMO – Neste estudo, abordamos como os vídeos no YouTube promovem desinformação sobre a hidroxicloroquina no Brasil. Seguimos duas questões de pesquisa. RQ1: Como o conteúdo pró-hidroxicloroquina é propagado no YouTube? RQ2: Como o sistema de recomendação do YouTube sugere vídeos sobre hidroxicloroquina na plataforma? Usamos métodos mistos (análise de conteúdo e análise de redes sociais) para analisar 751 vídeos do YouTube. Descobrimos que a maioria dos vídeos pró-HCQ em nosso conjunto de dados foi postado pelos principais canais de mídia (RQ1) e que o YouTube era mais propenso a recomendar vídeos pró-HCQ do que vídeos anti-HCQ (RQ2). Consequentemente, a imprensa tradicional brasileira e os algoritmos do YouTube fomentaram a disseminação de conteúdo pró-HCQ. RESUMEN – En este estudio, abordamos cómo videos en YouTube promueven desinformación sobre la hidroxicloroquina en Brasil. Seguimos dos preguntas de investigación. RQ1: ¿Cómo se propaga el contenido pro-hidroxicloroquina en YouTube? RQ2: ¿Cómo el sistema de recomendaciones de YouTube sugiere videos sobre hidroxicloroquina en la plataforma? Utilizamos métodos mixtos (análisis de contenido y análisis de redes sociales) para analizar 751 videos de YouTube. Descubrimos que la mayoría de los videos pro-HCQ en nuestro conjunto de datos son publicados por los principales canales de medios de comunicación (RQ1) y que era más probable que YouTube recomendara videos pro-HCQ que videos anti-HCQ (RQ2). En consecuencia, los principales medios de comunicación brasileños y los algoritmos de YouTube impulsaron la difusión de contenido pro-HCQ.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.