Cumprimento de expectativas e satisfação com a consulta de Medicina Geral e Familiar RESUMO Objectivos: Caracterizar as expectativas dos utentes face à consulta de Medicina Geral e Familiar e identificar a relação entre o seu cumprimento e a satisfação com a consulta. Tipo de estudo: Observacional, transversal. Local: Centro de Saúde de Oeiras. População: Adultos que recorreram à consulta de oito médicos de família. Métodos: Durante uma semana, os utentes foram seleccionados alternadamente no momento de contacto administrativo e convidados a participar no estudo. Era entregue um questionário pré-consulta, onde o utente deveria assinalar as suas expectativas dentro de dez possíveis e, após a consulta, um questionário de satisfação e um outro identificando os procedimentos efectuados pelo médico. Resultados: 137 utentes preencheram o questionário inicial e 111 completaram o questionário final. Cada utente tinha, em média, cinco expectativas. Num total de 700 expectativas, 63,1% foram relativas a obtenção de informação e 36,9% a alguma acção do médico. As expectativas mais frequentes foram informação sobre o exame objectivo (73,0%), realização do exame objectivo (68,6%) e informação sobre o tratamento (67,2%). A taxa de cumprimento das expectativas foi de 77,2% e a mediana da satisfação de 83,3%. Encontrou-se uma correlação positiva entre o cumprimento das expectativas e a satisfação com a consulta (r=,468, p<0,01), que permanece significativa quando ajustada para género e escolaridade. Após o controlo para estes factores, a variância da satisfação explicada pelo cumprimento das expectativas foi de 23,2%. Conclusões: Os utentes esperam mais frequentemente que o médico realize o exame objectivo e forneça informação acerca do que observou. A maioria das expectativas é cumprida pelo médico, mas quase todos os utentes saem da consulta com pelo menos uma expectativa por cumprir. A satisfação no final da consulta é elevada e correlaciona-se positivamente com o cumprimento das expectativas.
Resumo:O teórico francês Georges Didi-Huberman desenvolve um campo lexical que atrela a ideia de imagem à forma, à plasticidade, ao ritmo e à força de sua aparição. Todo um vocabulário morfológico é desenvolvido a partir da observação tanto de espécies animais, como as falenas, quanto do reino vegetal, e mesmo de obras artísticas teoricamente destituídas de dinamismo, como as do minimalismo. Diante da extrema variabilidade de matérias sobre as quais a teoria didi-hubermaniana se detém, o presente artigo visa investigar as condições em que a noção de forma se apresenta como operador conceitual, de modo a compreender os outros paradigmas da arte que o crítico francês elabora, apoiado em uma reformulação do conceito. Palavras-chave:Georges Didi-Huberman; Forma; Morfologia. Abstract French theorist Georges Didi-Huberman develops a lexical field that links the idea
Resumo: A partir da provocação contrainterpretativa de Susan Sontag, neste ensaio, buscamos refletir sobre a alteração dos paradigmas epistemológicos em dois relatos escritos por mulheres, que operacionalizam, às suas maneiras, uma crítica à universalidade, pela afirmação do não todo. Nossa hipótese é a de que a habitação feminina na linguagem, no caso de Isabela Figueiredo e de Noemi Jaffe, afirmando aquela anterioridade que lhes antecede, seja na figura do pai ou na da mãe, desdobra-se em uma figuração de linguagem em permanente atenção para com os limites do juízo e do cognoscível.
RESUMO: O presente ensaio aborda a relação que o escritor português Herberto Helder e o sul-africano J. M. Coetzee estabelecem com a linguagem, a partir de suas experiências em África. Ao comparar obras dos dois autores, objetiva-se perceber como as práticas e fatos decorrentes da permanência em África condicionam, no caso de Helder, seu método tradutório e, em Coetzee, o estatuto de indiscernibilidade e impropriedade que a língua assume em sua obra.ABSTRACT: The present essay focuses on the relationship that the Portuguese writer Herbert Helder and the South African J.M. Coetzee establish with language considering their experiences in Africa. By comparing works of these two authors, the objective is to understand how the practices and facts arising from their living in Africa affect their writing, in Helder's case, his method of translation, in Coetzee's, the status of indiscernibility and impropriety that language takes in his work. PALAVRAS-CHAVE
Resumo: A partir de uma breve discussão a respeito da insurgência de uma perspectiva performativa em Fernando Pessoa, o presente artigo objetiva propor um estudo comparativo entre a noção de poemacto em Herberto Helder e o drama-poesia de Maria Gabriela Llansol, evidenciando a que diferentes tarefas o uso poético da linguagem se vincula. Por meio das formulações desses dois escritores portugueses, discute-se também o entrelaçamento da forma-poesia com outros gêneros e outros procedimentos, evidenciando pontos de fuga para a questão da poesia no contemporâneo. Palavras-chave: Fernando Pessoa, Herberto Helder, Maria Gabriela Llansol, poesia contemporânea Abstract: From a brief discussion about the insurgency of a performative perspective in Fernando Pessoa, the present article aims to propose a comparative study between the notion of poemacto in Herbert Helder and the drama-poesia of Maria Gabriela Llansol, showing to what different tasks the poetic use of language is linked. Through the formulations of these two Portuguese writers, the intertwining of form-poetry with other genres and other procedures is also discussed, evidencing outputs for the question of contemporary poetry.
O presente artigo visa estabelecer contato entre a obra de Herberto Helder e a de Carlos de Oliveira, no que tange a criação de lugares e paisagens a partir de cenas de escrita. Em um primeiro momento, o artigo percebe, na obra dos dois escritores portugueses, uma atenção à vida subterrânea, ao devir das formas naturais. Posteriormente, nota-se de que maneira se dá o uso da visualidade – potente em movimento, em sedimentação, em povoamento e habitação da linguagem – sendo o próprio ter-lugar da linguagem posto em questão.
Resumo: A obra A máquina performática, escrita em parceria pelos especialistas em literatura latinoamericana, Gonzalo Aguilar e Mario Cámara, se propõe pensar o campo literário como campo expandido, no qual está implicado o corpo, a voz, o espaço, instâncias menores e que passam despercebidas da crítica tradicional. Para tal, os autores elaboram a noção de "máquina performática", cuja atuação se dá em um campo experimental, transformando diferentes matérias em signos. A presente resenha aborda, então, alguns dos principais pressupostos da obra, evidenciando, ainda, o repertório crítico-teórico que a fundamenta.
A partir das recentes traduções para o português da obra do escritor Edmond Jabès, o presente artigo se propõe indagar sobre o estatuto do livro em sua obra, considerando a extensa e ininterrupta pesquisa que Jabès realiza relacionando livro literário e livro sagrado, narrativa e aforisma, exílio e morada, palavra escrita e oralidade. Trata-se de uma investigação acerca de alguns dos sentidos que emergem de uma obra poética inteiramente voltada à potência e à impot ência da escrita e da leitura, em suas tensões irresolutas com questões formais, de memória e preservação.
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