O artigo busca resgatar o processo de transformações socioespaciais na área que corresponde à Subprefeitura de Itaquera, na cidade de São Paulo, comparando sua centralidade (distrito de Itaquera) com o Conjunto Habitacional José Bonifácio (distrito de José Bonifácio). Para tanto, analisam-se dois ciclos da construção imobiliária: o período de 1970 a 1985, quando foi realizado o projeto dos conjuntos habitacionais do Banco Nacional de Desenvolvimento na região, por meio da Cohab-SP; e o de 2000 a 2015, intervalo em que foram implementadas infraestruturas, serviços e também investimentos imobiliários em razão da construção da Arena Corinthians no contexto da Copa do Mundo de Futebol. O intuito é demonstrar como o modelo centro-periferia, tradicional na interpretação sobre as cidades latino-americanas, não se aplica ao movimento de continuidades e descontinuidades da região em estudo.
Resumo Este artigo busca sistematizar a bibliografia que trata da noção reestruturação para referir-se à produção imobiliária no capitalismo contemporâneo, vislumbrando a determinação singular dessa produção no conjunto mais amplo de características da acumulação capitalista desde a crise mundial do início da década de 1970. Para tanto, expõe as teses sobre a especificidade da produção imobiliária e o seu papel nas crises de sobreacumulação do capital. Depois, apresenta estudos urbanos que categorizaram o problema em suas variações terminológicas (reestruturação urbana, socioespacial ou imobiliária). Por fim, conclui sobre o deslocamento dos estudos sobre a reestruturação imobiliária centrada no problema do capital industrial àquelas que passaram a enfatizar a dominância do capital financeiro nas tendências mais recentes da urbanização, inclusive no contexto latino-americano.
O intuito deste livro, volume II da Coleção Caramelo é enxergar ligações, similaridades, evidências e causas comuns entre transformações – processos em movimento – tratadas frequentemente de maneira distinta e não associada às produções científicas. Estes processos são relativos, por um lado, às atividades sociais femininas na passagem do século 20 para o século 21, sua importância no âmbito da reestruturação capitalista, própria de uma era de “acumulação flexível”. O que se busca compreender aqui é sobre quais sentidos novos brotam das necessidades reprodutivas nesse contexto, e como são imputadas socialmente às mulheres combinações entre representações novas e tradicionais.
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