RESUMO
Neste artigo, investigamos os discursos materializados em três textos feitos por estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) de uma escola do Distrito Federal estabelecendo relação entre o material escrito, aquilo que Goffman (2002) denomina “estigma”, o Modelo de Letramento Autônomo (STREET, 1984) e a formação e a transformação identitária discente (CASTELLS, 1999). O texto discute a origem do problema do “estigma” na Educação de Jovens e Adultos atrelada ao modelo de letramento dominante (Letramento Autônomo) e à história da alfabetização de jovens e adultos no Brasil (DI PIERRO; GALVÃO, 2012). A metodologia usada na realização desse artigo está ancorada na Análise de Discurso Crítica (ADC) de linha inglesa. A Linguística Sistêmico-Funcional (LSF) também ampara nossa análise interdiscursiva com base investigação de traços semânticos e léxico-gramaticais das produções estudantis. Concluímos, nesse estudo, que os alunos deixam entrever os modos como são afetados por práticas que julgamos discriminatórias, uma vez que ora há contestação ora reprodução de concepções e significados que os subjugam.
Palavras-chave: Discursos; letramentos; estigma; EJA; identidades.
Após a promulgação do Estatuto da Pessoa com Deficiência (2015), incluindo as pessoas deficientes em todas as esferas sociais, a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino acionou a justiça, questionando a exigência de que as escolas particulares também matriculem todos os alunos, independentemente de suas deficiências. Diante desse embate, analisamos notícia vinculada no portal de notícias on-line G1.com, a fim de investigarmos como o discurso foi produzido. À luz da Análise de Discurso Crítica (FAIRCLOUGH, 2003, 2010) e da Gramática Sistêmico-Funcional (HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2004), observamos como a notícia tornou-se uma técnica decisiva para o trabalho de investigação da inclusão social.
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