Este estudo visou conhecer a experiência das equipes de saúde da família junto a usuários com transtornos mentais severos e persistentes, a partir dos sentidos atribuídos à clientela com transtornos mentais, bem como das práticas desenvolvidas pelos profissionais. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de campo, qualitativa e descritiva, na qual foram entrevistados oito profissionais de Unidades de Saúde da Família, sendo uma urbana e uma rural. Os dados foram analisados a partir da perspectiva da análise de conteúdo. Nos resultados, evidenciou-se o medo de alguns participantes em relação às pessoas com transtornos mentais, uma tentativa dos profissionais de reconhecer estas pessoas a partir de um sentido. No manejo, observaram-se procedimentos como a coleta da história de vida, a visita domiciliar e a dificuldade de a família participar do tratamento. Enfim, identificou-se a necessidade de trabalhar com as equipes conhecimentos sobre os transtornos mentais, o vínculo e a Atenção Básica. Palavras-chave: atenção primária à saúde; transtornos mentais; equipes de saúde
Este estudo buscou discutir o acolhimento de psicólogos em Centros de Atenção Psicossocial, a partir do pensamento de Emmanuel Lévinas em sua ética da alteridade. Para tanto, foi realizada uma revisão sistemática em bases de dados em artigos científicos, sendo estabelecido como critério produções publicadas entre os anos de 2010 e 2020, resultando em 13 artigos que dispõem sobre o acolhimento profissional e suas características. Os achados resultaram em distintas concepções acerca do significado do acolher, que envolveram a humanização em relação ao Outro, tida como sensível e responsável. Outro aspecto importante foi o reconhecimento da vinculação afetiva do usuário tanto com o profissional quanto com o serviço oferecido pela unidade, como sendo preponderante para o tratamento. Assim, o vínculo apareceu como constituinte da relação terapêutica e assinalou a humanização do atendimento, bem como viabilizou ultrapassar o olhar focado no sofrimento, para uma atenção responsável com foco nas possibilidades, na resolutividade do sujeito. Em suma, entende-se que o acolhimento se inicia com o processo terapêutico entre profissional e usuário, abertos para estabelecer um vínculo. Portanto, a partir da ética da alteridade, o acolher se descreve como um encontro responsável e sensível entre o Eu e o Outro.
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