RESUMO Os transtornos mentais comuns (TMC) estão cada vez mais frequentes na população mundial, apresentando-se menos graves que outros grupos de transtornos mentais. Estão associados a perda de qualidade de vida, problemas de relacionamento e sofrimento psíquico. Estudos que investigam prevalência de TMC são normalmente voltados ao âmbito ocupacional, acadêmico e da saúde. Estudos brasileiros na área de saúde mental realizados com estudantes de Medicina apontam que entre 30% e 44% de suas amostras apresentam algum tipo de transtorno mental comum ou sintoma nesse grupo. O objetivo do presente estudo é identificar a prevalência de TMC entre os estudantes de Medicina da Universidade Regional de Blumenau (SC). Trata-se de um estudo transversal, realizado de agosto a outubro de 2017, com 340 alunos do primeiro ao décimo segundo semestre do curso de Medicina. Para o rastreamento de TMC foi utilizado o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). A prevalência de TMC encontrada foi de 50,9%. Os TMC apresentaram-se associados (p < 0,05) a carga horária média por dia maior que 12 horas, menos de uma hora de lazer por dia, sentir que não recebe apoio emocional necessário, ter história médica pregressa de doença psiquiátrica, usar antidepressivo, nunca ter feito psicoterapia ou tê-la abandonado antes de receber alta e uso de álcool e outras substâncias. Foi encontrada maior prevalência de casos suspeitos de TMC na presente amostra do que em outros estudos com alunos dos cursos de Medicina brasileiros. A prevalência de TMC no internato mostrou-se semelhante à dos dois primeiros ciclos do curso, apesar da presença de fatores protetores demonstrados na literatura. É fundamental a atenção da universidade para atividades de promoção de saúde, juntamente com os serviços de saúde e com a família, formando uma rede de apoio psicológico. Para isso, são apresentados subsídios para ações de prevenção e cuidado da saúde mental do estudante de Medicina.
Introduction: Health education practices associated with oriented exercises have potential bene icial effect
Introdução: Pessoas com diabetes podem sofrer com o estresse da doença e apresentar sentimentos como culpa, raiva, medo e depressão, que caracterizam o Sofrimento Emocional Específico da Diabetes. Objetivo: estimar a frequência desse sofrimento e seus fatores associados em pessoas assistidas na atenção primária em Blumenau, Santa Catarina. Métodos: Trata-se de estudo transversal. Pessoas com diabetes assistidas por 4 equipes de saúde da família (n=196) responderam ao questionário “Problems Areas in Diabetes”, que apresenta 20 questões em 4 subdimensões, além de questões sobre suas características sociodemográficas (sexo, idade, escolaridade) e clínicas (tempo de doença, uso de insulina e medicação antidepressiva). Estimou-se os escores de sofrimento geral e subdimensões com base na soma das respostas em escala de 0 (melhor) a 100 (pior). Mediu-se a frequência do sofrimento emocional grave (escore >40) e sua associação com as variáveis de estudo por regressão logística não condicional. Resultados: Participaram 196 pessoas, 58,2% eram mulheres, 26,2% faziam uso de insulina e 20,6% de antidepressivos. A idade média foi de 61,6 anos, o tempo médio de tratamento de diabetes foi 9,5 anos. O escore médio de sofrimento emocional foi de 33,6 (dp=27,6) e mediana de 23,8. 36,2% dos participantes apresentaram sofrimento emocional grave. O sofrimento emocional grave se mostrou principalmente entre pessoas com 19 a 64 anos (OR=2,1, IC95%1,1 - 4,1), com tempo de doença de 2 a 5 anos (OR=6,4; IC95% 1,1 - 36,1) e 5 anos e mais (OR=5,4; IC95% 1,1 - 28,8) e em uso de medicação antidepressiva (OR=2,8 IC95% 1,3 - 6,0). Conclusão: Mais de um terço das pessoas com diabetes tem sofrimento emocional grave, marcadamente os adultos com mais tempo de doença e com tratamento para depressão. Sugere-se que essas pessoas tenham seu cuidado priorizado pelas equipes de saúde na atenção primária.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Extensio: R. Eletr. de Extensão, ISSN 1807-0221 Florianópolis, v. 14, n. 25, p. 103-123, 2017. PARADESPORTO ESCOLAR NO MUNICÍPIO DE BLUMENAU/SC SCHOOL PARASPORTS IN BLUMENAU/SC: INCLUSION AND ACCESSIBILITY FOR ALL AbstractThis experience report aims to discuss the experience of implementing the Programa Paradesporto Escolar (PPE) in Blumenau (SC) as a public policy for social inclusion and its relation with the university extension developed by the Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB). The information presented was collected in the reports from 2011 to 2015 and in an unstructured interview with the PPE coordinator about 2016. In 2014, a research was carried out with the parents / guardians about socio-behavioral changes of the children after the beginning of the activities in the PPE; and with regular teachers on motor skills, socialization and communication skills. The University Extension project promotes health education actions with the participants. The research carried out showed that parents / guardians and teachers noticed improvements in all the indicators evaluated. The PPE is a public policy of social inclusion that is pioneering and inspiring for other Brazilian municipalities, and has the University Extension as a partner for health promotion actions. Keywords: Disabled Children. Adapted Physical Activity. Paradeport. Health Education. PARASPORTS DE ESCUELA DEL MUNICIPIO DE BLUMENAU/SC: INCLUSIÓN Y LA ACCESIBILIDAD PARA TODOS ResumenEste relato de experiencia tiene como objetivo discutir la implementación del Programa Paradesporto Escolar (PPE) de Blumenau (SC) como una política pública de inclusión social y su relación con la extensión universitaria desarrollada por la Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB). La información presentada se recogió en los informes de 2011 a 2015 y una entrevista estructurada con el coordinador del PPE con respecto a 2016. En 2014 la investigación se llevó a cabo con los padres / tutores sobre los cambios socio-conductuales en los niños después del inicio de las actividades en PPE; y los maestros regulares en las habilidades motoras, la socialización y la comunicación. El proyecto de extensión de la
Este estudo teve como objetivo construir e validar umaEste é um artigo de revisão teórica, construído a partir deinformações existentes em livros de Psicologia do Esportee artigos coletados no PsycInfo, Scielo e LILACS. Apresentauma síntese de processos psicológicos e experiências desuporte social vivenciados por atletas lesionados e emreabilitação, bem como, diretrizes e procedimentos deintervenção psicológica aplicáveis nestes atletas, para sereduzir os impactos emocionais da lesão, os custos e otempo de tratamento. Conclui-se que atletas jovens devemser ensinados a prevenir lesões, a reconhecê-las o maisprecocemente possível, e a agir de forma eficiente quandolesões são detectada.
Este artigo procura apresentar uma experiência de extensão desenvolvida entre os anos de 2018 e 2019 pelos cursos de Psicologia, Ciências da Computação, Nutrição e Arquitetura, junto ao Programa Paradesporto desenvolvido na cidade de Blumenau. A partir de diversas ações multiprofissionais, essa experiência procurou intensificar estratégias voltadas para a formação, a educação em saúde e a acessibilidade de educadores, paraatlétas e familiares a partir de uma perspectiva de promoção da cidadania e da articulação entre a Universidade Regional de Blumenau e as demandas recolhidas pelos participantes do programa paradesporto. Destaca-se a importância e necessidade dessas ações voltadas para o exercício da cidadania das pessoas com deficiência, seus familiares e demais atores vinculados ao Programa Paradesporto em Blumenau.
RESUMOO suicídio é uma problemática de saúde pública. Apesar das taxas mundiais apresentarem uma redução nas mortes autoprovocadas, os índices no Brasil são crescentes. A população adulta registra as maiores taxas de crescimento na mortalidade por suicídio. Neste contexto, revisar a literatura para identificar práticas preventivas contribui à melhoria dos atuais métodos adotados no Sistema Único de Saúde brasileiro. Foram revisados artigos publicados por pares, nas bases PubMed e LILACS, utilizando as palavras-chave suicide, prevention e intervention, com os filtros de publicação entre 2015 e 2020, e estarem integralmente disponíveis no formato open access. Com base nestes critérios, foram revisados três artigos, com estudos desenvolvidos no continente europeu, focados em práticas preventivas ao suicídio. Observou-se que todas as novas propostas terapêuticas envolvem métodos com autorrelato e estabelecimento de relação de confiança entre paciente e terapeuta. Os testes psicométricos aplicados são simples, com robustez analítica e de fácil adaptação a qualquer sistema se saúde, indicando os níveis de sofrimento psíquico e possíveis sinais de ideação ao suicídio. No Brasil, os Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS) são os responsáveis por acolher e acompanhar pacientes com diferentes transtornos psicológicos e/ou psiquiátricos. Entretanto, ainda não há uma padronização às métricas de avaliação do sofrimento psíquico, nem de práticas preventivas às mortes por suicídio. Desta forma, a revisão de literatura e os métodos preventivos revisitados apontam possíveis caminhos para um melhor atendimento psicológico de pacientes com intenção de tirar a própria vida. A partir destes instrumentos adaptados, e da aplicação sistemática destes formulários, melhoras nas políticas públicas de prevenção ao suicídio podem ser propostas. A prevenção ao suicídio através de avaliações psicométricas não apenas representa uma alternativa para a redução da mortalidade por esta causa, mas também um menor gasto público para o tratamento e a melhor qualidade de vida em longo prazo destes pacientes.
Estilos parentais representam as estratégias que os pais utilizam no processo de desenvolvimento emocional e social dos filhos. Em algumas situações, o estilo parental, juntamente com fatores socioeconômicos, pode ser propício para o desenvolvimento de comportamentos indesejados. O estudo teve como objetivo comparar os níveis de estilos parentais de pais e responsáveis de usuários e não usuários do Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi) de Blumenau/SC por queixa de agressividade e/ou abuso de Substâncias Psicoativas (SPA). A pesquisa foi realizada entre setembro de 2017 e julho de 2018, dentro Programa de Educação do Trabalho Saúde (Pet-Saúde/GraduaSUS) em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), através de bolsa de iniciação científica. Os participantes foram separados em dois grupos, sendo o grupo CAPSi (17 pais de usuários do CAPSi) e o grupo não CAPSi (40 pais de usuários da atenção básica). Os filhos dos participantes dos dois grupos tinham entre 7 e 17 anos e residiam nos mesmo bairros. Após mapeamento dos participantes elegíveis para a pesquisa foi realizado contato prévio por telefone ou pessoalmente nas unidades de saúde. Entrevistas eram realizadas com os participantes, utilizando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, questionário socioeconômico e o Inventário de Estilos Parentais (IEP). O IEP é um questionário desenvolvido para avaliação das relações entre pais e filhos, composto por 42 situações do cotidiano, com respostas “sempre”, “às vezes” ou “nunca” e informando com que frequência tal situação ocorre. Cada sentença pertence a um grupo de estilos parentais: monitoria positiva, monitoria negativa, abuso físico, negligência, comportamento moral, punição inconsistente e disciplina relaxada. A monitoria positiva e o comportamento moral pertencem são considerados estilos parentais positivos e os demais, negativos. Para análise, foram utilizados os testes de Komogorov-Smirnov, para teste de normalidade amostral, e Mann Whitney para comparação entre os dois grupos. Houve associação significativa entre os dois grupos. O grupo CAPSi apresentou mediana maior do que o grupo não CAPSi em alguns estilos parentais negativos: na punição inconsistente, o grupo CAPSi apresentou Md = 5,00 enquanto que o grupo não CAPSi apresentou Md = 1,00; em negligência o grupo CAPSi teve Md = 4,00 e o grupo Não CAPSi Md = 1,00 e em abuso físico o grupo CAPSi teve Md = 5,00 enquanto que o grupo Não CAPSi Md = 0,00. Comparando as medianas gerais do IEP de cada grupo, ou seja, das 42 questões do instrumento, temos o grupo não CAPSi com Md = 8,00 e o grupo CAPSi com Md = -8,00. Quando o escore se apresenta negativo, significa que os estilos negativos se sobrepõem aos estilos positivos. A presente pesquisa mostrou que os pais de usuários do CAPSi de Blumenau/SC apresentavam níveis mais altos de estilos parentais negativos do que os pais de usuários da atenção básica. É esperado que seja feito um estudo piloto de aplicação de treinamento de pais no CAPSi, levando em consideração o fato de que muitas demandas podem ser sanadas com treinamento de pais de maneira a diminuir a frequência de uso de medicamentos ou até mesmo interromper o consumo. O treinamento de pais pode ser feito em grupos com a mesma demanda ou em sessões individuais, onde o terapeuta aplica técnicas de modelação de comportamento com a objetivo de aprimorar e/ou modificar o repertório comportamental da criança e do adolescente. Desta maneira, os pais e os filhos fortalecem seus laços e haverá diminuição da probabilidade de desenvolvimento de transtornos mentais comuns na fase adulta dos filhos.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.