pesquisa verificou como a Responsabilidade Social Empresarial (RSE) está vinculada à estratégia nas instituições financeiras públicas e privadas. Foi realizado um estudo multicaso de natureza qualitativa em quatro instituições bancárias na cidade de São Paulo. Os dados foram coletados por meio de análise documental e entrevistas em profundidade em cada instituição pesquisada. A pesquisa conclui que existem projetos e programas de RSE bem estruturados e eficientes em ambas as instituições, envolvendo as áreas da cultura, saúde, educação, do meio ambiente e da sustentabilidade. Esses projetos e programas são implementados por meio de recursos próprios e incentivados buscando criar uma cultura de automanutenção após a desvinculação do banco. Porém, verificou-se que existe um forte vínculo entre a RSE e as estratégias das instituições, estando tais ações arraigadas no espírito do capitalismo. Em ambas as instituições há um discurso de justificação para sua inserção no movimento de RSE, o que bem caracteriza uma tentativa de deslocamento do capitalismo. Constatou-se que a incorporação de uma dimensão moral nessas organizações visa a contribuir para a desconstrução de uma imagem negativa e a construção de outra mais coerente com as novas exigências de uma sociedade que almeja posturas mais éticas dos gestores públicos e privados.
Palavras-chave:Responsabilidade social empresarial. Estratégia. Instituições financeiras.
Samuel Carvalho De Benedicto
Este estudo de natureza teórica analisa as contribuições da história da ciência para a produção do conhecimento científico no campo da administração e estudos organizacionais. Dentre outros aspectos, verificou-se no estudo que: (i) as teorias concernentes aos estudos administrativos e organizacionais são falíveis e permanecem sujeitas a um aperfeiçoamento constante ou substituição; (ii) a realidade está sempre em mudança e não se pode congelá-la num modelo único; (iii) não existem teorias capazes de explicar todos os fenômenos administrativos e organizacionais. Assim, deve-se aceitar a ideia da necessidade de constante transformação, aperfeiçoamento e ampliação do conhecimento. Conformeevidenciado no trabalho, os estudos em administração e organizações testemunharam uma mudança de paradigma quando a escola clássica de administração foi questionada e acrescida de novos paradigmas. Dessa forma, esse campo de estudos tornou-se pluralístico, com conflito entre paradigmas e ciência normal, não sendo diferente as questões concernentes às suas metodologias de pesquisa. Neste contexto, a história da ciência pode prover importantes lições ao mostrar que a revolução científica não foi aceita pacificamente, senão por meio de acirradas discussões e aparentes contradições. Diversos autores buscaram uma aproximação entre as ciências sociais e das ciências naturais. Assim, a utilização conjunta de metodologias qualitativas e quantitativas está cada vez mais presente na pesquisa administrativa e organizacional conferindo uma maior legitimação às diversas formas de abordagem do tema. Os debates sobre qual a melhor abordagem permanecem, apesar de estar havendo um maior diálogo entre estas duas correntes de pensamento metodológico nas últimas décadas.
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