Estudos sobre a morfologia e estereologia hepática são relevantes em pesquisa de anatomia e patologia comparada. Estes também facilitam o uso de primatas não-humanos como modelos experimentais em pesquisa básica, fato que tem auxiliado os estudos em medicina humana. Estudos quantitativos de estruturas hepáticas também têm sido mais prevalentes em Primatas do Velho Mundo e outros vertebrados. Foram estudados vinte e três fígados de micos-leões adultos, sendo : 06 Leontopithecus rosalia, 07 Leontopithecus chrysomelas e 10 Leontopithecus chrysopygus, os quais foram dissecados e fixados com formol tamponado a 10%. Para a quantificação estereológica, o fígado foi considerado como consistindo de parênquima (hepatócitos) e estroma (não-hepatócitos). O parâmetro estereológico densidade de volume (Vv) foi determinado por contagem de pontos, utilizando-se do sistema teste M42. As diferenças estereológicas hepáticas entre as três espécies de micos-leões não foram estatisticamente significativas. Portanto, um valor único de V V [hepatócito] e Vv [estroma] podem ser determinados como 96, 2% e 7,4%, respectivamente. Significantemente diferente, os valores encontrados para o V V [hepatócito] em micos-leões foram 0,09 vez maior do que em babuínos, e 0,17 em humanos. Contudo, o Vv [estroma] foi 1,04 vez menor do que o de babuínos e 1,79 vez menor do que o de humanos. As diferenças encontradas entre as proporções estudadas, mesmo que não comprovadas estatisticamente, mostram a necessidade de estudos futuros para correlacionar os aspectos morfo-fisiológicos destes micos.
Lion tamarins are among the World's most critically endangered primates. Many studies have been produced under guidance of the International Management Committees for the preservation and management of these tamarins. Primates present morphological sexual differences in a wide range of characteristics, including cranial morphology. Studies of sexual dimorphism in the cranial morphology of the Leontopithecus are few in number and contradictory in their results. In order to check for the existence of sexual dimorphism in lion tamarins the present study analyzed 17 craniometric distances on 56 crania of three species of lion tamarins (Leontopithecus): 20 L. rosalia (14 females and 6 males); 13 L. chrysomelas (6 females and 7 males); and 23 L. chrysopygus (8 females and 15 males). All crania are housed in the CPRJ-FEEMA collection (Primatological Center of Rio de Janeiro) and came from animals born in captivity. L. chrysopygus was more sexually dimorphic (10/17 measurements, 59070) than L. chrysomelas (9/17 measurements, 53070) or L. rosalia (7/17 measurements, 41070). In all three species, male values are greater than the female ones, except for orbital breadth (m7) in L. rosalia. However, this distance is not sexually dimorphic in this species. This study reveals that some cranial distances, especially in the facial region, are sexually dimorphic in lion tamarins.
Foram estudadas as alterações orais que ocorrem em primatas não humanos, cativos, do gênero Leontopithecus, suas diferenças entre espécies, suas freqüências e a influência do cativeiro. Sessenta crânios de Leontopithecus, do acervo do Museu Primatológico do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ-FEEMA), foram examinados. O teste do x! foi utilizado para avaliar as diferenças nas incidências das alterações orais e o coeficiente de correlação de Pearson para o estudo da correlação entre o número de alterações e o tempo de cativeiro dos animais. Entre as três espécies estudadas, L. chrysomelas, L. rosa/ia e L. chrysopygus, as diferenças nas alterações orais foram estatisticamente significativas para cáries, crazing, doença pulpar e maloclusão. O complexo caninoincisivo foi mais afetado do que a série molar. A incidência de alterações orais aumentou à medida que aumentou o tempo de cativeiro dos micos e diferiu nas três espécies de Leontopithecus estudadas, sendo L. chrysopygusi a mais suscetível.
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