O presente artigo pretende mostrar uma investigação sobre a contribuição que a virada ontológica na antropologia contemporânea pode proporcionar para a história intelectual. Trata-se de pensá-la como uma resposta à virada linguística ao se evocar o primado ontológico conferido aos existentes, incluindo não humanos, o que reforça seu caráter materialista, por vezes antinarrativista e antitextualista. O artigo divide-se em três partes: a primeira apresenta algumas características da história intelectual no interior da virada linguística e para além dela; a segunda apresenta algumas ideias da virada ontológica na antropologia, consubstanciadas na antropologia simétrica, no perspectivismo ameríndio e na antropologia da natureza; por fim, lança mão de um exemplo empírico da história intelectual no Brasil que pode permitir uma leitura da obra como presença de duas ontologias: a naturalista e a animista. Trata-se da obra Os sertões, de Euclides da Cunha.
Resumo: Pretendo apresentar algumas reflexões sobre o pensamento de Eduardo Prado relativos à identidade nacional, e como o autor entende e constrói a relação entre exterior constitutivo e interior transitivo no caso da identidade nacional brasileira, o que envolve, em seu pensamento, formas de pensar não somente uma identidade brasileira, mas também uma identidade européia e uma identidade americana.Abstract: I intend to show some reflections about the thought of Eduardo Prado concerning the national identity, and how the author understands and constructs the relation between constitutive outside and transitive inside in the case of Brazilian national identity, which involves in his thought, ways to think not just a Brazilian identity, but also an American and an European identity. Palavras-chave: História das idéias. Identidade nacional. Eduardo Prado.Key words: History of ideas. National identity. Eduardo Prado.O pensamento que envolve a construção das retóricas acerca da identidade nacional tem sido marcado por uma certa relação binária entre o ser e o não-ser, a qual delimita o "nós" enquanto pertencimento, do "outro" como um corpo estranho em relação ao ser nacional que se pretende distinguir. Desse modo, certos discursos da nação giram em torno de um ser 1 -o que supostamente a define como algo único -e um não-ser -não como sinônimo do nada, mas sim como o "outro" (ou os outros), do qual se procura diferenciar. É para essa relação do ser com o não-ser na retórica nacionalista * Doutorando em História na PUCRS; bolsista da CAPES.
Pretendemos investigar, neste artigo, o pensamento de Eduardo Prado, bem como de alguns de seus interlocutores, sobre a América Hispânica como exterior constitutivo do Brasil na virada do século XIX para o século XX. Trata-se de um período na história intelectual do/no Brasil que foi marcado pelas diversas instabilidades que a própria ideia de identidade mobilizava, resultando num esforço fracassado de reconstituir totalidades do passado e mesmo de garantias para o futuro. Entendemos que as disputas em torno das identidades e sua historicidade foram não somente um problema no âmbito político, como também, uma crise de valores e de sentido histórico que os autores finisseculares vivenciaram em termos de experiência histórica quando pensaram não somente o Brasil, mas um de seus principais exteriores constitutivos.
Esse artigo é um estudo introdutório ao pensamento de alguns intelectuais – sobretudo Eric Maria Remarque – que viveram durante a Primeira Guerra Mundial e testemunharam um período histórico profundamente conturbado pela violência e morte – a experiência da temporalidade. Para tal estudo, eu investigarei três tópicos no pensamento desses autores: a crise da idéia de civilização; os limites da representação como categoria cognitiva e a questão da alteridade. Abstract This article is an introductory study about the thought of some intellectuals – above all Erich Maria Remarque – who lived the First World War and witnessed an historical period deeply disturbed by violence and death – the experience of temporality. For this study, I will investigate three topics in the thought of those intellectuals: the crisis of civilization idea; the limits of representation as cognitive category and the question of alterity. Palavras-chave: Primeira Guerra Mundial. História. Temporalidade. Key words: First World War. History. Temporality.
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