Todo conteúdo de Bakhtiniana. Revista de Estudos do Discurso está sob Licença Creative Commons CC -By 4.0 EDITORIAL Os diferentes discursos que nos cercam / The Diverse Discourses that Sorround UsChega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: "Trouxeste a chave?" Carlos Drummond de Andrade Este número de Bakhtiniana (17.4) apresenta a análise de objetos bastante diversificados, sob perspectivas teóricas distintas. Nele o leitor vai encontrar doze textos: ao lado de um estudo eminentemente teórico, a análise dos discursos literário, dramático, religioso, a análise de discursos das redes sociais, reflexões éticas, reflexões científicas sobre a fala bilíngue, retrospectiva teórica... E três resenhas. Ao observar este importante conjunto, não há como não nos lembrarmos de que todos os objetos de análise se
RESUMO O Lado B da História: o teatro popular da segunda metade do século XVIII nas Histórias do Teatro Português – O objetivo deste artigo é analisar os discursos de quatro Histórias do Teatro Português (HTP) sobre a segunda metade do século XVIII. Após discussão e delimitação dos aspectos estéticos que circulam por Portugal no período e dos problemas relativos ao teatro popular no corpus, estabelece-se uma análise quantitativa das variedades teatrais setecentistas em cada uma das HTP. Tal olhar quantitativo alavanca a análise qualitativa empreendida na parte central do artigo, que visa compreender a posição estético-ideológica do projeto discursivo de cada autor. Por fim, conclui-se que as HTP são marcadas por uma mirada que deve ser revista a partir do pensamento contemporâneo sobre o período.
All content of Bakhtiniana. Revista de Estudos do Discurso is licensed under a Creative Commons attribution-type CC-BY 4.0 EDITORIAL Bakhtiniana. A Journal of Discourse Studies / Bakhtiniana. Uma revista de estudos do discurso[…] for we have in mind discourse, that is, language in its concrete living totality, and not language as the specific object of linguistics, something arrived at through a completely legitimate and necessary abstraction from various aspects of the concrete life of the word. (…) [the analyses that follow] (…) belong rather to metalinguistics, if we understand by that term the study of those aspects in the life of the word, not yet shaped into separate and specific disciplines, that exceedand completely legitimatelythe boundaries of linguistics.
No dia 13 de março de 2021, publicamos a chamada para o dossiê Literatura, artes e doença, que agora vem a luz, mas as discussões para estabelecimento deste tema se deram ainda no final do ano de 2020. Não imaginávamos, porém, quão fortemente a pandemia -e a doença, de maneira mais ampla e violenta -nos tomaria ainda no decorrer de 2021, e como, no Brasil, teria uma dimensão ainda mais catastrófica, pelo fato de termos um presidente negacionista e fortemente reacionário.Ao longo desses dois anos de pandemia, a covid-19 nos tirou familiares, amigos e compatriotas, ou seja, cidadãos que ganharam e continuam ganhando destaque diariamente como números de mortos e infectados divulgados pelo Consórcio dos Veículos de Imprensa, pelas páginas das redes sociais de prefeituras e estados, pelos outdoors, pelas rádios e, até mesmo, pelas mensagens de WhatsApp que chegam a cada dia a cada um de nós.Vivemos em tempos pandêmicos e estamos mergulhados em um presente acachapante, feito das mais diversas dores: física, psíquica, moral e social. E a fome talvez seja a doença mais grave que a pandemia nos deixou como herança. A outra doença que nos atinge é a perda da nossa precária naturalidade. Atingidos pelo coronavírus e as suas novas variantes, são eles que ditam o ritmo da vida: quando podemos sair de casa, por onde podemos transitar, que lugares podemos frequentar e quem podemos abraçar, ou seja, a doença tem o poder, inclusive, de restringir nossos afetos.É nessa corda-bamba que estamos. Sem rede de proteção! Mas a literatura pode ser um antídoto para estes tempos de horror e, ainda que não nos cure, vislumbra sempre uma saída. Por isso a Desassossego agradece a todos aqueles que participaram deste número tão doloroso e tão atual. E deixamos aqui um respiro através das palavras de Daniel Faria:
Editorial para o número Especial: Coletânea de Entrevistas
RESUMO Este artigo é oriundo da pesquisa resultante na tese de doutorado Antônio José da Silva: uma dramaturgia de convenções1. No presente texto, discute-se o princípio de carnavalização no teatro ibérico a partir de diferentes perspectivas teóricas, dentre as quais a de Mikhail Bakhtin. Nesse sentido, a partir da descrição da personagem-tipo do gracioso, o criado carnavalizado originalmente inserido no teatro pelos autores do Século de Ouro espanhol, pretende-se problematizar embates de classe e artifícios discursivos da narrativa tragicômica. Tal análise é embasada pela teoria de análise de textos barrocos ibéricos desenvolvidas em Espanha, nos estertores do século XX e no início do XXI, especialmente em Hermenegildo (1995). Desse modo, analisa-se como a personagem-tipo, seja em sua formulação tradicional masculina ou na feminina, como criada, participa das intrigas, de modo a tornar mais contundentes as questões centrais do enredo disparador. Como exemplificação da teoria trabalhada, trazemos a obra do autor português setecentista Antônio José da Silva, Precipício de Faetonte. Nela, é possível perceber a participação dessas personagens baixas entremeando a intriga principal: o que pode ser lido, em nossa perspectiva, como uma forma de carnavalização do teatro ibérico de tal período, dentro da perspectiva bakhtiniana.
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