Resumo: Este artigo analisa o Serviço Social brasileiro na entrada do século XXI, refletindo a respeito das mudanças do capitalismo contemporâneo e de suas implicações para o trabalho profissional. Objetiva discutir como os assistentes sociais têm se posicionado no plano teórico-prático/interventivo e ético-político/organizativo, na tentativa de enfrentar essa realidade, defender seus valores e responder, enquanto trabalhadores assalariados dotados de estatuto intelectual, às exigências impostas pela sociedade capitalista e às necessidades sociais dos sujeitos sociais.
A pesquisa associada ao trabalho do assistente social possibilita ampliar a problematização teórica e política da realidade social e de suas projeções e incidências no trabalho profissional. Dialeticamente, contribui para construção de intervenções sociais estratégicas na direção da defesa de direitos e para indicar novos caminhos à pesquisa científica na (re) construção de teorias. Diante disso, este artigo propõe analisar o lugar da pesquisa associada ao trabalho do assistente social brasileiro na área da Saúde na entrada do século XXI. Metodologicamente articulou-se ao método qualitativo pautado no marxismo, à pesquisa exploratória. Para tanto, recorreu-se à pesquisa bibliográfica e de campo. Esta última, através de um roteiro de entrevista estruturada, direcionado a assistentes sociais, supervisores de estágio na área da Saúde e cadastrados em uma Instituição federal de ensino superior no Estado do Rio de Janeiro/Brasil. Os resultados indicam que se, por um lado, a pesquisa se faz presente no trabalho profissional na área da Saúde, por outro, sua presença eventual e/ou fragilizada é marcada pela dificuldade na construção do elo crítico por dentro do espaço de trabalho e com a realidade coletiva, o que causa implicações políticas nas intervenções profissionais que, de modo geral, se restringem à manutenção do poder institucional por meio de articulação entre responsabilização dos sujeitos e acesso (restrito) às políticas sociais.
Neste artigo objetiva-se discorrer a respeito das metodologias de pesquisa ativas (pesquisa-ação/intervenção e pesquisa participativa) e suas contribuições para o trabalho do assistente social na área da saúde. Metodologicamente, optou-se pelo estudo de revisão, com recorte interdisciplinar vinculado ao Serviço Social e demais produções dos campos das Ciências humanas, sociais e da saúde que abordam o tema em questão. Os resultados da pesquisa indicam que estas metodologias podem, estrategicamente ser trabalhadas em consonância com o projeto ético-político profissional do assistente social brasileiro, reconhecendo o trabalho como fonte de conhecimento, contribuindo com a democratização dos espaços institucionais e garantindo a centralidade dos usuários na oferta e avaliação dos serviços de saúde.
Este artigo discute a pesquisa na formação e prática profissional. No primeiro momento, realiza uma descrição histórica referente à pesquisa e produção do conhecimento no Serviço Social, buscando identificar as "mudanças" ético-políticas e teórico-metodológicas vivenciadas pela disciplina de pesquisa. Em seguida, problematiza a relação da pesquisa com a prática profissional do Serviço Social na atualidade, particularizando a área da saúde. Por fim, indica a necessidade de a pesquisa no Serviço Social romper os marcos do academicismo e até mesmo da unidisciplina, visto que, na saúde, a realidade abordada abrange a dinâmica do mundo da vida.
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