In the historiography of the sciences there are consolidated dichotomies that can hinder better research. Fissures include mental-material, subject-object and nature-society, and the bitter conflict between relativism and realism that draws on these dichotomies and can block research. The aim of this article is to tackle these disputes, to unravel them and to move on. The proposed solution is to give consideration to the agency of material things alongside the actions of human subjects. One obstacle is presented by Latour who simulates this result by means of hylozoistic rhetoric. Here, an alternative to Latour is presented, containing no elements of animism, which gives evidence of the concrete way in which the material agency of objects participates in the doing of science, alongside humans.
E nfim temos Fleck em português. Gênese e desenvolvimento de um fato científico foi lançado em 2010 pela Fabrefactum, editora especializada em textos dos chamados estudos sociais da ciência, com ênfase em sociologia do conhecimento científico.Fleck possui indiscutível importância para a análise historiográfica em geral. Ele foi reconhecido como alguém que antecipou em cerca de trinta anos as ideias de Thomas Kuhn. Entretanto, além deste fato, hoje questionável, de Fleck ser mero precursor de Kuhn, outros fatores solicitam cuidadosa atenção à obra sociológica desse médico polonês. Fleck traz ainda um frescor para as pesquisas sobre este objeto problemático, as ciências da natureza. Ele se mostra inovador e apresenta solução inesperada para os dilemas atuais que continuam a incomodar os pesquisadores.Tais incômodos advêm da seguinte situação: hoje, ao contrário do modelo herdado do século XIX, tornou-se consenso compreender a atividade científica como produto da sociedade. Diz-se que a ciência é uma construção social, mais uma entre tantas. A ciência perdeu seu caráter majestático de produção de indivíduos geniais que alcançam certezas inabaláveis, as verdades científicas. Ao dizer-se que algo é construído socialmente, enfatiza-se o caráter convencional dos acordos societários. Não há mais um absoluto, para além da sociedade, que defina conceitos como Verdade e Realidade. São todos conceitos relativos, uma vez que dependem dos grupos sociais nos quais são estabelecidos: há uma verdade para muçulmanos, uma para palestinos, outra para judeus. A realidade dos negros é diferente da dos gays, das mulheres ou dos chicanos. Assim, o absolutismo cientificista que orientava nossas visões de mundo desapareceu em meio a muitas incertezas, e entramos no império do relativismo de nossa época, por alguns qualificada como pós-modernidade.Hoje tudo parece reduzir-se a um jogo sociológico no qual os agentes sociais são os únicos que decidem. Não há mais uma verdade sobre a natureza. Essa parece não participar das decisões. As certezas dos agentes mostram-se como crenças estritamente sociais. Como fica a natureza? Desapareceu como agente?A solução de Fleck é admirável: sua sociologia trata com mais riqueza os processos de construção social, e em particular o saber científico, sem os reducionismos relativistas
Resumo: O pós-estruturalismo produziu uma valorização da narrativa no discurso histórico que gerou diversas dificuldades para o historiador. Aqui, neste artigo, avalia-se o impacto de uma onda pós-estruturalista sobre a disciplina história e sobre as perspectivas metafísicas dos historiadores. A chamada "crise da história" daí decorrente é analisada como uma crise dos historiadores que, motivados por uma ontologia alheia aos valores históricos, reagem negativamente à perda de seus referentes realistas. Palavras-chave:Crise da História; Pós-estruturalismo; Narrativa Histórica; Metafísica.Abstract: Poststructuralism produced a valorization of the narrative in the historical discourse that generated several difficulties for the historian. In this paper, the impact of a poststructuralist wave on the discipline of history and on the metaphysical perspectives of historians is evaluated. The so-called "crisis of history" is analyzed as a crisis of historians who, motivated by an ontology alien to historical values, react negatively to the loss of their realistic referents.
Este trabalho trata da condição humana segundo o olhar histórico. A proposta clássica de ser humano oriunda do substancialismo racional-iluminista conflita com o pensamento histórico, tanto na instância filogenética, de sua hominização antropológica que constrói a espécie, como também na ontogenética, de sua humanização dada pela historicidade vivencial de cada indivíduo biológico em seu devir humano. Penso o humano como um ser constituído na instância simbólica da linguagem em sua prática interativa entre natureza e sociedade. Palavras-chave: Constituição histórica do humano; A linguagem e o ser humano; História e linguagem.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.