Resumo O nível crítico das águas dos reservatórios e das hidrelétricas brasileiras representa o rompimento da 1ª condição da sustentabilidade. A soma do volume de afluência menos a soma do volume de defluência, resulta em 6.418 m3 de água por segundo desfavorável, ao sistema nacional. Neste estudo, apresentamos uma metodologia de contabilidade ambiental que mensura o uso de recursos por unidade comum de eMergia solar, com objetivo de avaliar a interação de variáveis de sustentabilidade ambiental nas empresas de abastecimento de água e saneamento listadas na BM&FBOVESPA em 2014. A mensuração foi realizada mediante definição das fronteiras do sistema de cada empresa com as fontes de energia e materiais que a alimentam. Um diagrama de energia do sistema foi construído e resumido em um diagrama agregado dos fluxos de energia. A partir do inventário das entradas de energia e materiais das empresas no exercício de 2013, foram inventariados os recursos R, N e F, em unidades, transformidades e eMergia/unidade. Foi verificado se os consumidores estão pagando, em seJ/J ou seJ/R$, os recursos recebidos dos ecossistemas naturais quando compram produtos e serviços pagos em dinheiro. O cálculo dos indicadores da contabilidade em eMergia (EYR, ELR e SI) e o diagrama ternário em eMergia e suas linhas de sustentabilidade indicaram posições das empresas em relação aos indicadores de sustentabilidade ambiental. Os investidores na BM&FBOVESPA reconhecem e percebem valor positivo das empresas rotuladas como sustentáveis ambientalmente. No período de 2006 a 2015 o ISE obteve uma performance de +131% em relação ao Ibovespa. Os clientes das empresas CASAN, COPASA, SABESP e SANEPAR pagaram nas tarifas de água e tratamento de esgotos, em R$ médios, 72,5% da eMergia total recebida. Há uma relação de desvantagem entre a biosfera e o sistema de tratamento de água e esgotamento sanitário operado pelas empresas avaliadas.
Bolsa de valores é o espaço em que as empresas podem obter capital estimulando a atividade empreendedora. Os investidores ambientalmente responsáveis buscam investir em ações de empresas sustentáveis, até porque são mais rentáveis. Atendendo a essa demanda, foi criado no Brasil em 2005 o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) - iniciativa pioneira na América Latina e quarto indicador do tipo no mundo -, compara o desempenho das empresas listadas na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM & FBOVESPA) sob os aspectos de um conceito de sustentabilidade. É um índice de ações referencial para os investimentos socialmente responsáveis, composto por empresas que se destacam em sustentabilidade a longo prazo. A finalidade desse índice é criar um ambiente de investimento compatível com as demandas de desenvolvimento sustentável da sociedade e estimular práticas mais sustentáveis nas empresas. Investimentos em empresas sustentáveis geram valor para o acionista, pois estão mais preparadas para enfrentar riscos econômicos, sociais e ambientais. Integrar o ISE é como ter um selo de qualidade reconhecido pelo mercado como empresa que atua com sustentabilidade. Para as 40 empresas integrantes do ISE em 2013, segundo parâmetros da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 10.165), classifica-se a interferência da empresa no território pelo potencial de poluição e utilização de recursos naturais. Entretanto, a Lei nº 10.165 não contempla o impacto da escala econômica na classificação de potencial de poluição e utilização de recursos naturais pelas empresas. Ao considerar o impacto da escala econômica das empresas integrantes do ISE em 2013, amplia-se a classificação original da Lei nº 10.165, possibilitando que os stakeholders mensurem a interferência dessas empresas na biosfera. SABESP, CPFL ENERGIA, TELEFONICA BRASIL (Vivo), CEMIG, OI, BRF FOODS (Sadia, Perdigão, Batavo e Elegê), ELETROBRAS, BRASKEN, GERDAU, IPIRANGA e VALE são as empresas que exigem maior atenção por parte dos stakeholdersporque possuem alto potencial de poluição e utilização de recursos naturais pelos parâmetros ampliados da Lei nº 10.165.
O tema sustentabilidade empresarial tem sido objeto de atenção tanto de acadêmicos quanto de empresários e investidores. Atentos a esses movimentos, os agentes dos mercados financeiros têm desenvolvido índices que reflitam o comprometimento das corporações com ações de sustentabilidade. Em 2005, a Bolsa de Valores de São Paulo criou o primeiro índice de sustentabilidade da América Latina, denominado Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3). Esse artigo objetiva analisar a relação causal entre o ISE B3 e o Ibovespa, um dos principais índices do mercado de capitais brasileiro, com o uso dos testes de causalidade de Granger e do modelo autorregressivo vetorial (VAR), além de suporte via decomposição por wavelets. Os resultados indicam que há uma relação de causalidade bidirecional entre o ISE B3 e o Ibovespa, consubstanciando mais informações aos investidores como forma de redução de riscos de investimentos. Dessa forma, de posse de informações relevantes a respeito do comportamento esperado do ISE B3 ou Ibovespa, os investidores poderão alocar recursos no índice de interesse em função do comportamento do outro e, vice-versa, como forma de tentar minimizar perdas no mercado financeiro.
The critical level of the water reservoirs of the Brazilian hydroelectric power plants represents a breach of the first condition of sustainability. The algebraic sum of the volumes of affluence and diffluence shows an unfavorable result of 6418 m 3 of water per second to the national system. In this study, we present an environmental accounting methodology that measures the use of resources per solar eMergy common unit aiming to assess the interaction of environmental sustainability indexes in water supply and sanitation companies listed on the BM&FBOVESPA in 2014. The measurement was performed by defining the boundaries of the system of each company with the sources of energy and materials that feed it. A system energy diagram was constructed and the flows were summarized in an aggregate diagram of the energy flows. From the inventory of energy and material inputs of the companies in 2013, the resources R, N, and F were inventoried in units, transformations, and eMergy/unit. It has been found that consumers are paying, in seJ/J or seJ/R$, for the resources received from natural ecosystems when they buy products and services in cash. The calculation of accounting indicators in eMergy (EYR, ELR, and SI) and the ternary diagram in eMergy and their sustainability lines indicated the companies' positions in relation to environmental sustainability indicators. Investors of the BM&FBOVESPA acknowledge and perceive positive value in companies labeled as sustainable. Between 2006 and 2015, the ESI obtained a performance index 131% higher than the Ibovespa index. Clients of the companies CASAN, COPASA, SABESP, and SANEPAR pay in their water and sewage treatment bills (average values in R$) for 72.5% of the total eMergy they receive. There is a disadvantageous relation between the biosphere and the water and sewage treatment systems operated by the assessed companies.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.