Este ensaio se propõe a discutir o que nomeia de artivismo de(s)colonial. Fusão de arte, ativismo e protesto, os artivismos de(s)coloniais, sugere-se no ensaio, emergem no cenário dos acontecimentos com toda a força subversiva do combate às injustiças sociais e às desigualdades, em especial àquelas calcadas em ecos coloniais. O trabalho em tela, com o auxílio de Michel Foucault (2013), debruça-se sobre as condições de emergência dos artivismos de(s)coloniais, analisando, para isso, o ato-performance “Nosso Luto, Nossa Luta”, que teve lugar no dia 21 de abril de 2019,no alto da Serra da Moeda (Minas Gerais). Encenado por diversas pessoas, o ato buscou não apenas chamar a atenção para o terrível episódio de Brumadinho, mas, e sobretudo, destacar os ecos coloniais implicados tanto no trágico acontecimento como também em seus desdobramentos. O texto vale-se das memórias do artivista que, além de atuar no ato, se responsabilizou pela direção e coreografia do espetáculo/acontecimento.
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