O artigo busca compreender os desafios e as tendências no que diz respeito à sensibilização e articulação do computador para o ensino de Arte. Temos como horizonte as seguintes problematizações: Quais são os desafios e as tendências contemporâneas à articulação entre arte-educação-computador para os cenários de aprendizagem em Arte? Quais são os discursos e as preocupações presentes nas dissertações e teses produzidas na esfera da arte-educação e computador? Que percepções os professores têm em relação às experiências com o uso do computador nas aulas de Arte? Se as tecnologias nas interfaces da linguagem artística, da produção cultural e da vida cotidiana não cessam de nos provocar, por meio de práticas sociais e interações no mundo, quais questões emergem desse universo dialógico do conhecimento? Trata-se de uma pesquisa hermenêutica que propõe rastrear as produções referentes ao campo da arte-educação e computador, problematizando as tradições e instrumentos culturais e suas articulações nas escolas. Após um levantamento bibliográfico na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), para compreender as produções do campo, realizamos um estudo exploratório que levou em consideração as concepções de três professores que atuam em escolas e descrevem o horizonte da arte-educação nos cenários de uso do computador. Concluímos que o uso do computador para a criação artística no cotidiano escolar pode contribuir para o aperfeiçoamento didático da arte- educação pelo acesso às redes digitais, mas é na questionabilidade da experiência prática e no esforço educacional da reinvenção humana que o conhecimento das narrativas estéticas e da produção cultural ganha novas dimensões formativas e sociais.
A obra é apresentada ao leitor em nove capítulos que vão da sociedade positiva (capítulo 1), passando pelo emaranhado da produção cultural da sociedade da exposição (capítulo 2), seguindo para a sociedade da evidência, sociedade pornográfica, sociedade da aceleração, sociedade da intimidade, sociedade da informação, sociedade do desencobrimento até culminar no capítulo final, sociedade do controle. Trata-se de um livro de bolso com 120 páginas, de linguagem acessível e didática, que retrata os saberes alicerçados na própria natureza política da vida em sociedade. O excesso de positividade da vida reflete um sistema fechado em si mesmo, que impõe o igual e anula o diferente e as contradições nas quais nós vivemos, excluindo a dimensão relacional, contextualizada e crítica dos processos de (re)conhecimento humano.
O estudo discute sobre os diferentes modos de viver das juventudes em meio às aprendizagens sociais e culturais estimuladas pelas tecnologias digitais, tomando por base as abordagens mapeadas em teses de doutorado produzidas de 2012 a 2016. Trata-se de uma pesquisa hermenêutico-reconstrutiva realizada no portal da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações no campo da educação, com o objetivo de identificar as problemáticas, as interlocuções e os desafios sobre as juventudes e as tecnologias digitais. Trata-se de reconhecer as relações entre diferentes perspectivas que vêm ao nosso encontro desde o final do século XX, correspondendo às mudanças sociais que o contexto midiático está provocando nas (im)possibilidades do diálogo intercultural das juventudes. Os debates sobre a cultura digital e seus entrelaçamentos com a formação dos jovens retroalimentam os processos educacionais, no sentido de ir além da ingenuidade instrumental, o que demanda um impulso prático à intercomunicação no mundo com as juventudes.
Resenha do livro: HABOWSKI, Adilson Cristiano; CONTE, Elaine. (Re)pensar as tecnologias na educação a partir da teoria crítica. São Paulo: Pimenta Cultural, 2019.
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